Foi tempo de regressar aos
recantos desta nossa Casinha, cujas solenes ruínas tanto me encantam. A peste
obrigou-me a dela me desapartar por cinco longos meses. Mas a velhinha,
pacientemente, sem se ofender, chorando apenas alguns merecidos pingos do
telhado, ali nos aguardou. Afinal cinco meses para ela são tempo bem singelo
para os seus cinco serenos séculos de história.
Eu ajudo-a a prolongar-se genuína na cadência do tempo e ela ajuda-me a perceber a insignificância da nossa existência individual: somos apenas mais uma pedra no curso da História.
E ali, acompanhado dos nossos guardiões da Casa, deixo o meu Menino, de volta à Coimbra da Velha Academia. Assim, regressado a este meu velho torreão do Frias, nesta Santa Ilha do Arcanjo, continuo também por essa áurea de candura que a envolve e embeleza...
PAÇO DE MOURONHO - COIMBRA
(Património da Casa Botelho de Gusmão - Vila Franca do Campo) Imagens de António Paiva (Topaiva), de 14 de julho de 2020, em boa hora encontradas no Youtube, pela minha estimada Irmã, Cármen Gusmão Fins.
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