quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Maria Inês Gonçalves Lopes.

Nasceu, no passado dia 23 de Agosto, a bonita Menina Maria Inês Gonçalves Lopes, filha de Tibério Gil Lopes e Vânia Gorete Gonçalves.
O apreciado nome lembra Santa Inês, seguidora de São Domingos de Gusmão.
Aos seus pais e avós, os nossos Parabéns.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Aventura do Escutismo.

Enquanto se prepara o acampamento anual das crianças para este fim de semana, na Vila, lembrei-me que há, de facto, coisas boas. Ocupamos demasiado do nosso tempo a pensar nas desgraças que nos rodeiam, naquilo que já não vale grande coisa, ou que ainda não é como deve ser, esquecendo, ou não dando o verdadeiro realce, ao que continua a ter um papel essencial na nossa comunidade.
O propósito de ultrapassar o que parece impossível, desenvolvendo no escuta a confiança, em si e nos outros, que lhe ensina a desembaraçar-se das dificuldades, utilizando os meios de que dispõe, assim como a grande escola da natureza, cuja linguagem disponibiliza um conjunto de valores, são dimensões que o escutismo continua a aprofundar em muitas crianças e jovens de hoje, também aqui, nestas nossas ilhas, apontando um caminho ético, intelectual e físico.
Como Lord Baden-Powell of GilWell, o fundador, deixou escrito, em jeito de mensagem, quando, em 1941, procurou o Criador: “Passei uma vida felicíssima e desejo que cada um de vós seja igualmente feliz. O melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros.”
Veio-me à saudade o agrupamento 114, em Angra. Lembrei-me do conforto de espírito de estar materialmente em condições simples, de quão rica é a natureza na sua espontaneidade, embora cada vez mais distante. Dei por mim entre os quilómetros que separam a Lagoa do Ginjal da cidade, e, esta, da Lagoa do Negro. Deparei-me entre o desafio do cume do Pico e o sossego que a noite corvina empresta ao Caldeirão.
E, ao longe, o ritmo dos tambores cadenciando o brio das fardas. Ou o fogo, ou a água, ou o sereno, ou a riqueza das coisas simples.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

À Virgem Maria.

Num sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizível ansiedade,
É que eu vi Teu olhar de piedade,
E mais que piedade, de tristeza ...
Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade.
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na natureza.
Um místico sofrer, uma ventura,
Feita só de perdão, só de ternura,
E da paz da nossa hora derradeira.
Ó visão, visão triste e piedosa,
Fita-me assim calada, assim chorosa,
E deixa-me sonhar a vida inteira.
Antero de Quental

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

São Domingos de Gusmão.

Celebra-se, a 8 de Agosto, São Domingos de Gusmão.
Na noite de 24 de junho do ano de 1170, na pequena cidade de Caleruega, em Castela, Província de Burgos na Espanha, nascia Domingos, o filho caçula do Conde, Dom Félix de Gusmão, e de Dona Joana D’Aza. Antes de nascer, sua mãe, profundamente religiosa, teve um sonho misterioso: viu um cão que trazia na boca uma tocha acesa que irradiava uma grande luz sobre o mundo (assim como o cão é fiel ao dono, São Domingos seria fiel a Deus, e, com a tocha acesa, incendiou o mundo no amor de Deus). Na Pia Batismal recebe o nome de Domingos, em homenagem ao Santo Abade Domingos de Silos.
Ainda pequeno, já em idade escolar, foi confiado aos cuidados de um tio padre que lhe ensinou as matérias elementares, além das funções litúrgicas e pastorais. Quando completa 15 anos, aluga um quarto de pensão na cidade de Valência, e lá, dedica-se integralmente aos estudos na célebre Universidade de Valência. Destaca-se nas ciências liberais, cujo programa era a gramática, dialética, lógica, retórica, aritmética, música, geometria e astronomia. Estudou também filosofia, teologia, sendo ordenado sacerdote.
Como Padre acompanhou o Bispo de Osma e, na viagem, pôde sentir de perto o problema religioso do sul da França e de outras regiões européias, infestadas por grupos religiosos, fanáticos e subversivos. Domingos decidiu permanecer no sul da França, dedicando-se junto com alguns sacerdotes, na simplicidade e na pobreza, ao ensinamento da Doutrina Cristã. Deste grupo de pregadores surgiu a Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, cujas características fundamentais eram a espiritualidade sacerdotal com profunda formação teológica; a devoção à Igreja, às almas e ao culto da verdade; a vida comunitária como meio ascético de santificação para maior desempenho da vida e da acção sacerdotal; e a espiritualidade apostólica, sobretudo na pregação.
Domingos era apaixonado pela música e disto fez uso muitas vezes durante sua vida. No entanto, a grande alegria do jovem Pe. Domingos era caminhar por estradas, bosques e montes, cantando a “Salva Rainha”, meio pelo qual não cessava de louvar e enaltecer a Mãe do Filho de Deus, cantando-lhe as maravilhas dentro de uma poesia rica de lirismo e sentimento, muito próprio de sua época. Reconhecia o valor dos que se enclausuravam, mas sabia que era também preciso agir, falar, fazer algo para que o Evangelho fosse anunciado. Assim, ele compreendeu a contemplação como meio principal pelo qual se formaria o missionário, o apóstolo, através da oração, do estudo e da reflexão. É como se o dominicano fosse um vasilhame que colheu água da fonte para que os outros pudessem depois bebê-la. Por isso é que a Ordem tem por lema: “Dar aos outros o fruto da nossa contemplação”.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009