sexta-feira, 31 de julho de 2009

A Senhora da Piedade.

No próximo fim de semana decorrem as Festas da Senhora da Piedade, em Ponta Garça.
A Imagem, que o povo venera, sai à Rua após a Missa de Festa no Domingo, dia 2 de Agosto, a qual é solenemente iniciada às 16.30, celebrada pelo novo Vigário, Pe. Jason, e cantada pelo esmerado Coro de Ponta Garça, com Missa de Angelis e Gloria de Vivaldi.
E, no meio do tão vasto programa que acompanha estes dias de Festa, que sobre tempo para lembrar a imortalidade d'Aquele que a Virgem suporta nos braços ou, como como lhe pedimos à Entrada da Festa,
"quando, enfim, descer à terra,
conduzi minha alma à glória,
conduzi minha alma à glória do descanso eterno."

segunda-feira, 27 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

São Gonçalo.

Em Segunda-Feira de Sant'Ana, a Festa é de São Gonçalo, na Casa do Frias. Patrono da Casa e do Menino Gonçalo que promove a Festa.
São Gonçalo de Amarante, carinhosamente tratado por São Gonçalinho, em Aveiro, é um Santo português do século XII, de grande devoção popular, tendo na sua terra, Amarante, a sua festa litúrgica em Janeiro e a Festa grande no Verão. Filho de nobre família, foi sacerdote, conhecido pelos seus dons de oratória e exemplo de virtudes cristãs e humildade. Foi Pároco de São Paio, visitou a Terra Santa e, no regresso, ingressou na Ordem de São Domingos de Gusmão, construindo a sua Capela, onde acolhia o povo em Amarante. É invocado como santo casamenteiro, da fertilidade, das danças e das festas.
Com Hino próprio, vindo da sua cidade de Amarante, Segunda-Feira, dia 20 de Julho de 2009, às 19.00 horas, cumpre-se a Tradição, seguindo-se arraial popular, com a porta aberta a quantos desejem invocar o Altíssimo, reconhecidamente pela alegria da Vida, através do luso santo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Programa das Festas de Sant'Anna

13 a 17 De Julho – Segunda a Sexta
Entrega das ofertas para o Bazar na Rua Cícero Medeiros, lote 12.

15 De Julho – Quarta-feira
20.00 – Tríduo Preparatório com Missa cantada na Ermida.

16 De Julho – Quinta-feira
20.00 – Tríduo Preparatório com Missa cantada na Ermida.

17 De Julho – Sexta-feira
20.00 – Tríduo Preparatório com Missa cantada na Ermida.
21.00 – Mudança das Imagens para as casas onde serão ornamentados os andores.

18 De Julho – Sábado
19.00 – Terço e Exposição das Imagens à veneração dos fiéis:
- Sant’Ana – Rua Cícero Medeiros, lote 12
- S. Joaquim e S. José – Rua do Frias
20.30 – Desfile da Charanga - Bombeiros Voluntários de Vila Franca.
21.00 – Homenagem a Sant’Ana pela Banda Lealdade
Entrega das ofertas para arrematar.
21.30 – Arraial com Concerto pela Banda Lealdade, arrematações, bazar e barraquinha com petiscos, na Rua Cícero Medeiros.

19 de Julho – Domingo da Festa
10.30 – Repique dos sinos e homenagem dos motards.
11.00 – Procissão – Sai dos prédios de Sant’Ana, desce a Rua de Sant’Ana, sobe a Rua do Frias e recolhe na sua Ermida, acompanhada pela Banda Lealdade.
12.00 – Missa Solene, com pregação pelo Reverendo Pe. Dr. Adriano Borges, cantada pelo Coro da Matriz.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Caritas in Veritate.

Um interessante artigo, do Jornalista Joaquim Franco, publicado na SIC on line.

"A encíclica da crise. Sem preconceitos, porque é assim que deve ser abordada, a encíclica social de Bento XVI é um compêndio, um guia, para compreender a crise e o mundo.

Naturalmente, todo o texto respira e transpira uma visão transcendental, o pensamento católico sobre a vida, o Homem e o mundo. Mas este é um texto que derruba fronteiras. Corajoso, nada conservador, critica governos e gestores de um mercado falido, como nenhum político eleito fez até agora. Rasga, no sentido positivo do termo, uma certa lógica pragmática, sem ética, que domina a economia e a política, motivadora de resignação e imprudência, geradora da crise. Os valores que atravessam a encíclica social de Bento XVI, são os valores da exegese do tempo, propostas de construção de fraternidade, esmagadas por pressupostos com pés de barro que servem de desculpa para adiar opções… radicais.
Apresentada na véspera de mais uma reunião dos “colossos” económicos no G8, A Caridade na Verdade é uma encíclica marcada pela crise, mas que permanecerá actual nas crises e entre as crises do futuro. Na senda de outros documentos importantes que definem a chamada Doutrina Social da Igreja – como a Rerum Novarum de Leão XIII, a Pacem in Terris de João XIII, os documentos do Concílio Vaticano II, a Populorum Progressio de Paulo VI ou a Centesimus Annus de João Paulo II, cada qual com a marca do seu tempo –, Caritas in Veritate retrata um mundo e um tempo de incertezas, com a certeza de que muita coisa tem de mudar. Está lá tudo, com uma gramática criteriosa e uma invulgar capacidade de leitura do tempo e dos sinais. Ética e Justiça serão palavras-chave da encíclica, mas não chegam para compreender a(s) direcção(ões) proposta(s).
Mediaticamente faz eco o apelo, que não é inédito – João XIII já o fizera –, para uma “reforma da ONU” e a criação de uma “Autoridade Política Mundial” reguladora da globalização, reconhecida por todos, “com poder efectivo para garantir a observância da justiça, o respeito dos direitos” e planificar o desenvolvimento, orientada pelos “princípios da subsidiariedade e da solidariedade”. Propostas em jeito de renovadas utopias. Mas o texto é muito mais profundo. Foi elaborado com tempo, amadurecido enquanto se atravessava a crise.
Sob o signo da crise económica, Bento XVI defende também, como dimensão imprescindível, a liberdade religiosa que “não significa indiferentismo religioso”, promotor do afastamento da dimensão transcendental da esfera pública, ou sincretismo que relativiza.
No laicismo, por um lado, ou no fundamentalismo, por outro, “perde-se a possibilidade de um diálogo (…) entre a razão e a fé religiosa”, defende Bento XVI.
A corrupção, o lucro, as deslocações de empresas – “não são lícitas somente para gozar de especiais condições” –, a reavaliação do papel dos Estados, os sistemas de segurança social, a importância das organizações sindicais – embora com novos paradigmas de luta –, a mobilidade laboral, os fluxos migratórios, o “absolutismo tecnológico” que deslumbra, a vida, o ambiente, a agricultura, os recursos naturais, a pobreza, a fome, a liberdade, o desenvolvimento, a comunicação social, a interacção cultural, a interdependência, os dilemas antropológicos… são abordagens aparentemente inconciliáveis numa única reflexão e que ganham, nesta encíclica, a forma de um rendilhado coerente e conciso.
A história já provou que uma crise oferece possibilidades e antecipa mudanças.
Bento XVI fala de confiança, mas não consegue esconder um certo cepticismo, uma dose de desalento com o homem contemporâneo, menos disponível para os valores da religião, da transcendência… da fé, que, no entender do papa, purifica a razão. “Os custos humanos são sempre custos económicos e as disfunções económicas acarretam sempre custos humanos”, por isso, não haverá fraternidade sem “transparência, honestidade e responsabilidade”.
Tendo o homem como meta, e na sequência da encíclica Deus Caritas est (Deus é Amor), a nova encíclica A Caridade na Verdade reabre o leque de intervenção dos cristãos: “O caminho político da caridade não é menos qualificado e incisivo do que é a caridade que vai directamente ao encontro do próximo”.
Nas primeiras linhas, o papa lembra que “a caridade é a via mestra da doutrina social da Igreja”. Mas a prática também revela que a falta de coerência é a fragilidade maior entre os cristãos, a quem o papa se dirige em primeiro lugar. Bento XVI critica os alicerces do mercado desregrado, o “crescimento de uma classe de gestores” preocupados apenas com o lucro. Muitos gestores, que se dizem católicos, foram cúmplices ou responsáveis pela crise, aproveitaram-se dela ou das fragilidades do mercado sem regras que a provocou. Devem ter as orelhas a arder."

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Que rico menino...

No rescaldo da grande Festa de Baptismo, aqui fica um poético artigo, do conhecido avô, João Bento Sampaio.

"Foi então que outra luz, outra amenidade, uma calma desusada me inundou a mente – “será?...”

Vagueava eu no emaranhado de galáxias, esgueirando-me lesto pelo diáfano plasma, fugindo dum buraco negro, pudera; andava mesmo desgarrado de mim, das coisas, das gentes, do mundo, num alheamento de quem a vida nem sempre lhe sorri como desejaria – trrin-trrin – pareceu-me ouvir o telefone, e acordei noite alta, ia a lua cheia no seu passeio, levava um ar de menina radiosa num sonho todo feito de incerteza.
Apressado e ansioso com aquele súbito trrin-trrin, agarrei-o e ninguém se alardeava na outra ponta da linha. Bem, voltei ao conchego ainda quente, “será?...”, mas não, no visor não se mostrava mesmo vivalma.
Mas o sonho... Não era aquela banalidade de mais um remexer de criança inquieta por crescer – “será?...”. Não era esse devaneio de nocturna e indizível ansiedade, tão-pouco de tristeza; era uma outra suavidade, era um lindo sonho de bambino – a criança que teima em brincar dentro de nós, que duas vezes somos meninos, nunca crescemos – nem o ardor banal da mocidade parecia ser.
E que coisa mais bela era a sensação de voltar a enredar-me naquele desatino de criança – uma ventura, feita só de perdão, só de ternura – , e alinhavei as ideias ainda misturadas em cadinho, que derramava a bonança calma e prateada da lua cheia, já a perder-se para a madrugada – “será?...”.
Foi então que outra luz, outra amenidade, uma calma desusada me inundou a mente – “será?...”. E levantei-me de vez. É que aquela brandura de felicidade, a alvorada que adolescia límpida num céu tão generoso quanto o desejo de uma criança feliz, tudo eram de verdade coisas raras, tão escassas que até nem sei se as há na natureza.
Dei comigo agora tão agarrado a mim, às coisas belas tecidas pelas gentes, ao mundo novo que vamos urdindo num convencimento de quem a vida sempre lhe pode sorrir como se deseja.
E outro destino o da paz da nossa hora derradeira soou suave – “será?...”. Um novo trrin-trrin voltara novamente, “é ele!”, e aquele alvor promissor mexeu comigo – um encantamento de arrebatar.
Rasgara-se a Natureza num primor ímpar... e encheu-se a terra inteira de esplendor, enfeitando-se de requintes inestimáveis: um outro Menino, cruzando milhentas galáxias, dera-lhes um toque distinto – “papá, o João vai nascer!”.
E pensei, babado, já se vê... – nesta 2ª feira 15 de Dezembro – “que linda prenda de Natal! Oh, que rico menino será o meu terceiro neto...”

sexta-feira, 3 de julho de 2009

E a quem esta água molhar...

Domingo, dia 5 de Julho, na sempre Solene Missa das Cinco, da Matriz de Ponta Delgada, de que é Patrono o Mártir São Sebastião, recebe as águas do Baptismo o menino João Vasconcelos Bento Sampaio: primeiro passo na sua vivência cristã, nesta Igreja onde Menino do Coro será, como os seus, e músico de capela, como os de agora e os das gerações anteriores.
O momento é por isso de Festa para a Família e para a Igreja que, além de ter um novo membro, terá um novo colaborador.
Gente boa como o nosso mundo tem falta. Deus o proteja!
Entretanto, no Coro Alto, preparam-se as velhas partituras do antigo Coro do Conservatório, que a ocasião não é para menos...