sábado, 25 de dezembro de 2021

Presépio Grande das Casas do Frias


(A Ponte da Tradição)

(São Miguel de Norte a Sul)

(O Menino Nascente)

(Terras de Belém)

(Cenas Bíblicas a Poente)

(Terras de Jerusalém)

(Terras do Egipto)

(A Terra vista do Céu)

(Encantos de Mouronho)

(Ao meu Lagoense Largo do velho Treato)

(Ponta Delgada, Cidade em Festa)

(Vila Franca quando Desbanca)

(Casas do Frias MMXXI)

domingo, 19 de dezembro de 2021

Presépios da Casa de São Domingos


(Presépio da Ermida)

(Litografia do Presépio - Séc. XIX)

(Presépio da Sala de Jantar)

(Presépio de Papel)

(Alpendre)

(Pequeno Presépio da Sala)

(Casa de São Domingos MMXXI)

sábado, 27 de novembro de 2021

Melhoramentos no Paço de Mouronho

Janelas

Porta e Janelas da entrada

Santa Isabel à entrada da Capela

Obra cusquenha à entrada do Coro Alto

Sala dos vasos

Passagem para o Lagar

Adega

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

A Casa Mãe de todas as Direitas

VÍDEO: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/campanha-para-as-regionais-96-nos-acores/

Há 25 anos, recepção nos Açores ao líder natural do CDS-PP, indiscutivelmente a Casa Mãe de todas as direitas, a qual deve ter orgulho nos que estão e dedicadamente a servem, nos que partiram e lhe deram a alegria do regresso e, creio profundamente, também nos que partiram e, com empenho e entusiasmo, dão novos mundos ao mundo da Direita.

E as direitas nunca são rivais da Casa Mãe: complementam-na, enriquecem o espaço político, esvaziam o cinzentismo do centrão e, na sua diversidade e no seu conjunto, atraem muito mais eleitores, perdidos entre a abstenção e, pior, o voto na demagogia fácil das esquerdas. 

Tiram votos à Casa Mãe? Não, só a esquerda os pode tirar, as direitas quando muito especificam-nos.

Modesta perspectiva deste eleitor perfeitamente de Direita, que não pertence a nenhuma das supra referidas três categorias de orgulho da Casa Mãe e que, neste emblemático vídeo, aparece despercebido e de relance a aconselhar qualquer coisa à organização do evento, o registo em que me sinto melhor na vida pessoal, profissional e política: transmitir aos outros o pouco que sei.

Nota final: há anos arredado da vida pública, mantenho muita honra em a ter servido na minha juventude sob a carismática e íntegra liderança do Doutor Manuel Monteiro, seguramente um dos maiores e melhores portugueses do nosso tempo, hoje a maior referência da Casa Mãe.

Casas do Frias, 25 de Novembro de 2021, Dia da Liberdade reconquistada.

sábado, 13 de novembro de 2021

Irmandade de São Martinho 2021

O Distinto Provador de 2021.

A solene abertura do belíssimo vinho do Pico.

A douta Oração de Sapiência.

O irmão Guardião.

O Irmão Pós-Veterano.

O Irmão Veterano.

O Irmão Pós-Iniciado.

O Irmão Iniciado.

O Antigo Provador e Irmão Produtor, generoso ofertante do precioso néctar do Ano.

A Gloriosa Irmandade das Crianças.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Regimento da Irmandade de São Martinho


REGIMENTO DA VENERANDA IRMANDADE DE SÃO MARTINHO DAS CASAS DO FRIAS

É instituída a Irmandade de São Martinho das Casas do Frias.

A Irmandade é composta pelo Provador, pelo Irmão Batoqueiro do Ano, pelos Antigos Provadores, e pelos confrades permanentes: Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão, Guardião da Irmandade; João Paulo d’ Alvão Serra Constância, Pós-Veterano; Frederico André Cabral Sampaio, Veterano; Vítor Manuel da Costa Gonçalves, pós-Iniciado; Mário Sousa Andrade, Iniciado; e Edgardo Costa Madeira, Agitador.

O Provador é convidado anualmente pelo Guardião da Irmandade, podendo sê-lo de entre os confrades permanentes, quando especiais feitos realizados no ano o justifiquem, sendo substituído, no seu impedimento, pelo confrade permanente mais veterano.

Ao Guardião da Irmandade, Senhor da Adega de São Martinho, cabe zelar pelo cumprimento da Tradição e do Regimento.

Ao Irmão Batoqueiro do Ano é confiada a responsabilidade da feitura do Vinho.

Ao confrade Agitador é confiada a manutenção dos recipientes, acompanhando todas as deslocações da Pipa.

A Irmandade reúne anualmente, em sessão solene, em Sábado próximo ao 11 de Novembro, dia de São Martinho, na Adega das Casas do Frias.

Em caso de impossibilidade de participação, o confrade informará o Guardião até nove dias antes, de modo a que seja convidado, a ocupar o lugar, um dos antigos Provadores.

São antigos Provadores: Jorge “André” da Câmara Branco, Jorge Alberto Bulhões Gago da Câmara, Cláudio Manuel Pacheco de Medeiros, Pedro Lima de Araújo Pereira, Carlins “Bento Sampaio”, Rogério Paulo Ferreira Massa, Luís Manuel Pereira Morais Leite, João Pinho de Almeida, José Eduardo da Cunha Pacheco, Francisco Duarte da Silva Bettencourt, Aires Daniel Bernardo Gonçalo, Frederico André Cabral Sampaio e João Paulo d’ Alvão Serra Constância, sendo Provador Honorário da Irmandade, João Francisco de Sales Bento Sampaio.

10º
Os confrades reúnem-se à entrada da Casa às sete horas da noite, vestindo as suas capas, recolhendo o respectivo copo e aguardando as badaladas do sino, às sete e meia em ponto, recebendo o Provador à porta, para se iniciar a cerimónia.

11º
Às badaladas, os confrades saem em cortejo, entoando o Hino, de copo ainda vazio, por ordem hierárquica, com o Provador a iniciar, rumo à Adega e parando em frente à Capela, onde, homenageando São Martinho ornamentado, entoarão o seu Hino.

12º
Chegados à Adega, estando todos de pé, cabe ao Provador abrir a Pipa e saborear o precioso néctar, servindo, após a Prova, todos os Confrades e povo presente.

13º
Provada, por todos, a primeira das nove rodadas, o Provador mandará os confrades sentarem-se em volta da mesa e o povo presente em bancos corridos ao fundo da Adega.

14º
Proferirá então o Provador a sua Oração de Sapiência, servindo aos confrades o petisco por si trazido e terminando com uma canção com que brindará os presentes.

15º
Vazados todos os copos, proferirá então o Guardião da Irmandade a sua Intervenção, servindo aos confrades a segunda rodada e o petisco por si trazido, terminando com uma canção com que brindará os presentes, seguindo-se os demais Irmãos Permanentes, na ordem estabelecida no artigo 2º, seguindo-se os antigos Provadores, pela sua ordem de Ano, e encerrando-se com o Irmão Batoqueiro do Ano.

16º
Terminadas as nove rodadas, será cantado o Hino por nove vezes, intercalando-se com vivas a S. Martinho, ao Provador, ao Vinho de Cheiro, à nossa Adega, aos Confrades, às Mulheres destes, aos seus Rapazes, à Amizade e à Tradição!

Casas do Frias – Adega de São Martinho, 10 de Novembro de 2007 (com posteriores adendas e emendas)

Publique-se. O Guardião da Irmandade. Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão.

sábado, 30 de outubro de 2021

Novo Site do Escritório




Com o merecido agradecimento ao Amigo e Afilhado José Pacheco.

sábado, 23 de outubro de 2021

Entrevista ao Jornal "A Crença"

Com a devida vénia ao centenário Jornal vila-franquense e ao seu ilustre Director, Pe. Doutor José Paulo Machado.

sábado, 16 de outubro de 2021

No Centenário do Nascimento de meu Pai, Aristides de Medeiros Gusmão (16 de Outubro de 1921)

XIII neto de Gonçalo Vaz Botelho, fundador da nossa querida Vila Franca do Campo, e bisneto legítimo do último Senhor de Vila Franca, o morgado Manuel José Botelho Coutinho e Gusmão, e de Josefa Victoria Bettencourt Soares de Albergaria, herdeira da Casa Soares de Albergaria, de Ponta Delgada, neto legítimo de Jacinto Soares de Albergaria Botelho de Gusmão, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, e de Maria Isabel Moniz da Piedade, tetraneta legítima dos Capitão-Mor de Santa Cruz da Lagoa, assim como de João Pacheco de Medeiros, Comendador da Ordem de Cristo, e de Maria Devilde da Conceição Bento Sampaio, filha de João Bento Sampaio, Capitão, Aristides de Medeiros Gusmão era filho de Maria Hermínia Soares Botelho de Gusmão e de João Pacheco de Medeiros Júnior, nascido a 16 de Outubro de 1921, Domingo, às sete horas da tarde, na freguesia de São Miguel, em Vila Franca do Campo.

Foi Baptizado na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, pelo Prior Jorge Furtado da Ponte. Foi seu Padrinho o primo Albano de Gusmão Tavares do Canto Taveira, Juiz, da Casa dos Senhores da Ribeira Grande.

Fez a Catequese e tomou a Primeira Comunhão na Igreja de São Pedro de Vila Franca do Campo, tendo aí sido crismado pelo Bispo de Angra, D. Guilherme Augusto Inácio da Cunha Guimarães, sendo seu Padrinho o Vigário, Padre Manuel Pacheco de Sousa, de quem foi Menino do Coro durante vários anos.

Fez a Instrução Primária em Vila Franca do Campo, na antiga Escola sita atrás da Igreja de São Pedro, nesses tempos em que as crianças chegadas à Escola, após rezarem, iniciavam o dia com o canto da terra, o qual, ao final da vida, com saudade, ainda se recordava de cor:

Vila Franca, Vila Franca

Vila Franca terra amada

Com tanta estufinha branca

A brilhar à luz doirada.

Ao norte, serras viçosas

A abraçarem o céu;

Ao sul um mar de rosas

A dar a volta ao ilhéu.

Após concluir com distinção a Escola Primária, veio morar em Ponta Delgada e ingressou na Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada, hoje Escola Roberto Ivens, onde concluiu com êxito o curso geral.

Proprietário de profissão, tal como todos os seus antepassados desde o início do Povoamento, viveu não apenas dos rendimentos de que usufruía, como do investimento que ia fazendo em imóveis que, num misto de rendimento e entretenimento, ia adquirindo, mandando restaurar e arranjando dono… Assim o fez a dezenas de casas, em Angola, em Vila Franca, em Ponta Delgada e, nos últimos anos, em apartamentos nos arredores de Lisboa, chegando em alguns casos a mandá-las construir de raiz.

Bom comunicador e excelente contador de histórias, viajou pelos quatro cantos do mundo, passando grandes temporadas na cidade de Lisboa, percorrendo por diversas vezes as várias cidades do País, assim como as principais cidades da Europa.

Em 1950 foi para Angola, como responsável pelo Grémio do Milho, por indicação do Dr. Manuel Ramos de Sousa, director dos serviços de economia de Angola, e recomendação do Primo Visconde do Botelho, como gostava de contar com honra e gratidão.

Atracou no porto de Luanda a 23 de Maio de 1950, no velho navio “Mouzinho de Albuquerque”. Viveu, primeiro, entre o Lobito e Benguela, e depois na cidade de Silva Porto (hoje Kuito), após Nova Lisboa (Huambo), durante seis anos. A sua passagem por África marcou-o muito positivamente, mantendo ao longo da vida belíssimas recordações dessas vivências de então.

Avisado por carta da terminal doença do pai, quis regressar a S. Miguel para estar com ele, mas a viagem de um mês que os separava já não permitiu encontrá-lo com vida, pois que no Domingo do Senhor da Pedra, 26 de Agosto de 1956, estando a Imagem a passar à janela de Casa, seu pai, vencido pela doença, partia deste mundo, uns dias antes de se poder cruzar pela última vez com o regressado filho.

Só chegou, após ter passado pelas Canárias e por Lisboa, visitando Fátima (por coincidência, sem o saber, no dia em que seu pai falecia), à espera do barco que o trouxesse a São Miguel, em Setembro, tendo saído na quinta-feira, dia 13, e chegado na segunda-feira, dia 17. Embora o pai já estivesse sepultado, não mais voltou a Angola, para dar conforto à mãe naquela hora difícil.

De África trouxe, além de uma colecção de adereços e decorações exóticas e diferentes à época, uma macaca, a qual, exposta no Balcão da Casa de Família, fez as delícias da criançada daqueles anos cinquenta que àquela velha Rua do Senhor acorriam, atrás de tão desconhecido animal. Quando morreu foi mandado embalsamar e doado ao museu Carlos Machado, onde se encontra exposto (afinal tratava-se da homenagem a uma rainha!) Chamava-se Nacatola (nome da Rainha indígena do povo de Luanda que ficara famosa na cidade por ter participado de um atrevido e logo despedido funcionário dos comboios que, menosprezando o ancestral título, a impedira de aceder à carruagem “executiva”).

No Inverno de 1958 foi até ao Brasil, onde permaneceu por uma temporada, tendo de lá trazido um papagaio que enchia a casa com a sua voz, mas a doença silenciou-o precocemente….

Em 1960 percorreu o País de Lisboa até Monção.

Também em Novembro, mês das almas, em 1962, falecia a sua mãe, para o que fez questão de organizar um funeral de homenagem à antiga, com todo o colégio do clero do Concelho e as duas Bandas da Vila: a nossa Lealdade, fundada pela direita miguelista, depois regeneradora de nosso bisavô Jacinto Botelho de Gusmão e a União, do Partido Progressista de seu irmão e nosso tio Nuno Botelho de Gusmão, 1º Visconde do Botelho.  

No final de 1963, viajou aos Estados Unidos da América, onde permaneceu durante alguns meses, ficando em casa dos parentes Angelina Furtado Ramos e Augusto do Couto Ramos, os quais nos haviam visitado em Junho de 1963.

Regressando em 1964, visitou diversas cidades europeias, como Madrid, Paris e Lourdes. Em 1965 foi a vez de percorrer o País de Lisboa até aos Algarves. Em 1968 visitou Itália, nomeadamente as cidades de Roma e Veneza. Entretanto as viagens tinham por maior demora o encanto de Lisboa.

Foi na viagem a Roma, cuja primeira parte ia de Ponta Delgada a Lisboa de barco, passando pela Madeira, que conheceu a sua adorada Maria Rita, a qual viajava com as irmãs em passeio à capital. Conheceram-se, mas cada um seguiu o seu destino. Lisboa, porém, não foi grande suficiente que impossibilitasse de se reencontrarem no regresso de Roma. O sinal ou a coincidência marcou-os, tanto mais que o reencontro aconteceu na Igreja do Patrono desta Família, São Domingos de Gusmão.

Ao santinho foi entregue a incumbência de garantir o sucesso posterior ao reencontro. Pois tanto assim foi que, a 17 de Janeiro de 1970, com 48 anos de idade, casava na Igreja da Boa Nova, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, da freguesia de São Gonçalo, da cidade do Funchal, terra da Noiva.

Ao primeiro filho rapaz que nascesse dar-se-ia o nome de Domingos em merecida homenagem ao invocado Santo, o que veio a acontecer, embora enfeitado com o nome de Paulo, às modas da época… Homenagem que não estará assim totalmente esgotada, deixando aos vindouros desta Família esse bonito e tão simbólico nome - Domingos (do latim, Do Senhor) - para ser usado e abusado!

Nasceu o dito filho em 1974, quando já completara 52 anos de idade, tendo já antes tido a sua filha, Cármen Maria, em 1971.

Viveram na Madeira; em Lisboa, na Avenida D. Carlos, em casa da cunhada Manuela, e, sendo minha mãe aí colocada Professora, em Santa Iria da Azóia; em Vila Franca do Campo, na Casa mandada construir na Rua da Paz, e na nossa Casa de Família, à Rua do Senhor; na Lagoa, na Rua D. Manuel de Medeiros Guerreiro, na Casa adquirida à família do emérito Bispo que ali viveu e deu nome à Rua; em Ponta Delgada, na Casa da Rua de Sant’Anna; e em Algés, na Avenida dos Bombeiros. Desde 1992 dividiram o ano entre as duas últimas residências, Ponta Delgada, de Verão, e Algés, de Inverno, onde tinham por vizinhos cada um dos filhos e respectivos netos…

Entretanto continuaram a ronda pelo mundo, tendo visitado juntos a Europa, a Terra Santa, Marrocos, a Tunísia, a Turquia…

Em 2013, já com 91 anos, visitou pela última vez a sua Ilha e a sua Vila, por bonita coincidência, à inauguração da Ermida do seu venerado São Domingos, já em estado debilitado, mas quis o destino ou o Santinho que, mesmo sem entender bem que se tratava de nova Capela diferente da nossa de Ponta Delgada, estivesse presente.

Desde então ficou-se por Algés, aos dedicadíssimos cuidados da sua amada mulher. Numa das suas últimas visitas ao hospital, regressando o inconsciente à infância, pedia para que se chamasse o carro de praça que o levasse à sua longínqua Vila. O carro não o trouxe, mas a 02 de Novembro de 2015, com 94 anos de idade, em dia de Fiéis de Defuntos, na sua cama e, após o pequeno-almoço, disse à sua sagrada esposa que ia agora descansar e, virando a cara, partiu para a vida eterna.

Os restos mortais ficaram por Carnaxide, sendo, com pena nossa, o primeiro, em treze gerações desde o Povoamento da Ilha, a não ter sido sepultado na nossa Vila Mãe… Mas esse é desgosto certamente menor e até corrigível, face à ausência da veneranda figura.

A minha reza diária e a nossa sentida gratidão pelo que nos transmitiu do que recebeu dos nossos de tantas gerações…

domingo, 8 de agosto de 2021

São Domingos de Gusmão 2021


 Patrono da Casa de São Domingos - Vila Franca do Campo.

domingo, 25 de julho de 2021

CORO DA MISSA NOVA DO PADRE JORGE SOUSA - Ponta Garça, 18 de Julho de 2021

 

Aos músicos e cantores que deram voz e alma ao Coro que solenizou a Missa Nova do nosso estimado Neo-Sacerdote, Padre Jorge Sousa, também ele nosso antigo e belíssimo tenor, aqui fica o meu agradecimento. Apesar das máscaras e do distanciamento, do calor e da extensão da celebração (3h15), aos 60 músicos e cantores que, empenhadamente, se juntaram nesta Sagrada Causa, a minha gratidão pela paciência, entusiasmo, colaboração e profunda Fé devolvida ao Criador, através do canto e da liturgia.

Desde logo ao meu querido Coro de Ponta Garça e ao seu maestro, Sr. Carlos Neto, o qual, dedicadamente, ensaiou os cânticos litúrgicos ao Coro. Do mesmo modo, à dezena das minhas estimadas cantoras de Vila Franca que, simbólica e esmeradamente, veio dar a sua colaboração. Finalmente, a todos os que acederam ao meu pedido de prestarem a sua preciosa ajuda, aqui destacando a Sr.ª Organista e minha Comadre, Prof.ª Ana Paula Andrade; a competente cantora, Prof.ª Rita Andrade; o belíssimo tenor, Dr. Ricardo Botelho, Presidente e Contra-Mestre do Coral de São José; o maestro da Matriz de São Miguel, Sr. Hélio Medeiros, e seu atinado filho, Dr. Rogério Medeiros; a Sr.ª D. Catarina Medeiros Ferreira, bela voz que nos acompanha desde a Missa Nova de Pe. Norberto, já lá vão 21 anos; a segura Sr.ª Enf.ª Sandra Fontes; os meus profissionais compadres, Dr.ª Andrea Vasconcelos e Dr. Frederico Sampaio; o meu querido Cunhado, Prof. Edgardo Madeira, que desta vez até chegou a horas; e, claro, as minhas Senhoras, Esposa e sempre pronta companheira Gisela, e Meninas Cristiana e Isabel, com os seus decididos instrumentos de corda que tanto aprecio. A todos os Amigos que me acompanham nesta missão de muitos anos, quando e onde é preciso, aos que participaram e aos que, por restrições de lugar, desta vez não pude chamar, o meu bem-haja e Deus vos pague. Uma palavra especial ao grande baixo Dr. Vítor Gonçalves, que nos faltou por mau jeito no pé, desejando-lhe rápidas melhoras. E porque os últimos são os primeiros, aos Seminaristas André Andrade Furtado, do Rosário da Lagoa; Leonel Fidalgo Vieira, das Furnas; Fábio de Sousa Silveira, da Candelária do Pico; e ao nosso Afonso, desta cidade e do nosso Conservatório de Ponta Delgada.

Esta celebração abre-se com uma peça solene de Órgão, enquanto o sacerdote caminha para a Igreja; invoca-se, à maneira antiga, o Divino Espírito Santo, Aquele que, pela Ordenação, trouxe os dons do sacerdócio, com o Veni Creator, em fá bordão, à sua chegada ao templo. Inicia-se, então, o solene cântico de entrada, ”O Cordeiro que foi Imolado” do Pe. António Cartageno. Seguem-se o Kyrie, do Pe. Carlos Silva, o Gloria in Excelsis, do compositor contemporâneo francês, Jean-Paul Lécot, o bonito salmo do seminarista Leonel Vieira, e o imponente Aleluia da Prof.ª Ana Paula Andrade. Ao ofertório, o cântico temático da liturgia do dia (Bom Pastor), “Jesus, Rei Admirável”, também do Pe. Cartageno, intercalado pelo Majestoso Iuravit, do Cardeal Henry O’Conneel (O Juramento de que Deus não se arrependerá). A Consagração pelo Neo-Sacerdote, momento maior da Santa Missa, é antecedida pelo Santo, de Marco Frisina, compositor e Maestro do Vaticano, e seguida, com o celebrante de joelhos, pelo Hino do Santíssimo Sacramento, da velha escola musical micaelense do Padre Serrão, com a percursão identitária das nossas açoreanas filarmónicas. À comunhão, após o Cordeiro de Deus, do Pe. Azevedo Oliveira, o regresso do tema do dia, com “O Senhor é o Bom Pastor”, de António Mário Costa, seguido do sereno e belo “Quem Comer deste Pão”, da Prof.ª Ana Paula Andrade, acompanhado de Violino e Violoncelo, tal como se fizera no Aleluia, encerrando-se com o festivo Tollite Hostias, de Camille Saint-Saens. Após agradecimentos, ofertas, poemas e outras variedades, regressou-se à Sagrada Liturgia com o canto do Te Deum, de Bordese, seguindo-se o Tantum Ergo, gregoriano, em português, encerrando-se a celebração com o Ecce Sacerdos “Novus”, melodia do Pe. Abel Alves, e, às despedidas, o popular “Salvé, Salvé, ó Eleito de Cristo”, de C. Costa, regressando a improvisada orquestra, em toque de Hino.

O repertório procurou promover a música litúrgica contemporânea, assim como a tradição musical diocesana, dentro das normas estabelecidas pela Sacrossantum Concilium, vanguarda das disposições litúrgicas emanada do Vaticano II, a qual nunca é demais reler, estudar, interiorizar e praticar:

“A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene. A música sacra será, por isso, tanto mais santa quanto mais intimamente unida estiver à acção litúrgica, quer como expressão delicada da oração, quer como factor de comunhão, quer como elemento de maior solenidade nas funções sagradas.

O sagrado Concílio, fiel às normas e determinações da tradição e disciplina da Igreja, e não perdendo de vista o fim da música sacra, que é a glória de Deus e a santificação dos fiéis, estabelece o seguinte: A acção litúrgica reveste-se de maior nobreza quando é celebrada de modo solene com canto, com a presença dos ministros sagrados e a participação activa do povo. Guarde-se e desenvolva-se com diligência o património da música sacra. Promovam-se com empenho, sobretudo nas igrejas catedrais, as «Scholae cantorum».

A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar. Não se excluem todos os outros géneros de música sacra, mormente a polifonia, na celebração dos Ofícios divinos, desde que estejam em harmonia com o espírito da acção litúrgica. Promova-se muito o canto popular religioso, para que os fiéis possam cantar tanto nos exercícios piedosos e sagrados como nas próprias acções litúrgicas, segundo o que as rubricas determinam.“

Ao nosso bom Amigo, Padre Jorge Sousa, agradecendo, em nome da nossa Família, a honra e a alegria deste modesto serviço à Santa Igreja, mas que procuramos fazer no melhor que pudemos e soubemos, os votos de muito sucesso na nova e difícil missão de levar Deus aos homens e os homens a Deus.

Ponta Delgada, Casas do Frias, 25 de Julho de 2021

Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Noite de São João 2021





Um registo da Menor das noites do Ano, 23 de Junho de 2021, véspera da celebração do Nascimento do Percursor, na tradição da Casa de São Domingos, na nossa Vila.

quarta-feira, 9 de junho de 2021

O nosso Senhor França

À hora de Almoço, bateram-me à porta de Casa, aqui no Frias. Pelo toque, era o Senhor Serginho, mas em som mais acelerado e decidido. Percebi que era algo importante. Quando cheguei à varanda, pensou um pouco, deixou primeiro o silêncio falar e só depois concluiu, com tristeza: “venho comunicar-lhe o que soube há pouco”. Não precisei ouvir mais nada…

Desde o Sábado do Senhor Santo Cristo que o nosso comum Amigo, Senhor França, nunca mais cá aparecera. Despedira-se, aliás, nesse dia, com a refinada educação que transportava consigo, mesmo nos dias de menor fortuna, desejando uma Santa Festa do Senhor e até Domingo, se Deus quiser. Estava mais tristonho, mas isso dava-lhe às vezes. E era natural. A má cabeça condenara-o a uma vida de sofrimento. Mas passava-lhe. E acabava por regressar com boa disposição.

Por sinal, era muito devoto do Senhor Santo Cristo. A última gentil oferta que me fizera fora precisamente um bonito prato da Veneranda Imagem, o qual eu já tinha posto na Sala do Consultório, com Fé no Sagrado Representado e orgulho no dedicado gesto, para lhe mostrar quando ele regressasse. Mas afinal, sem o sabermos, após muitos anos de Amizade, simbolicamente, este Sábado do Senhor Santo Cristo era mesmo o último dia em que nos encontraríamos aqui pelo mundo terreno.

Luís António Fernandes França, nascido a 21 de Setembro de 1966, no seio da elegante Família França desta cidade, ligada à fundação da velha Casa de Américo França, antecessora da loja Gil M. Teixeira, já fora estudante, cumpridor do serviço militar e colaborador dos jornais da praça, mas foi-se deixando decair e vivia já sozinho, pela Calheta, alheado do mundo, embora sempre atento às actualidades políticas da terra e às coisas de Deus. Conheci-o já no meio das suas aflições da vida. Passou a ser um frequentador habitual das nossas Casas, o que muito me honrava. Nem lhe fazia qualquer favor, pois nos dias de Festa era, pela sua cultura tradicional e educação natural, uma boa companhia. Havia até celebrado solenemente os seus 50 anos aqui nas Casas do Frias com a honrosa presença do Cónego Constância, que lhe dedicava Amizade, caminhando agora para os 55 anos, os quais não completou por cá, tendo partido para a Terra dos Vivos na passada Sexta-feira, dia 04 de Junho, sendo sepultado no Sábado, dia 05, no Cemitério de São Joaquim, na campa 105 do talhão norte (7ZA), à qual hoje acorri, na habitual saída após o Almoço, a prestar-lhe a minha última homenagem e rezar por sua alma.

Já tinha estranhado ele não ter aparecido no Domingo do Espírito Santo, como era tradição. E nunca mais cá aparecer. Hoje, quando este nosso Senhor Serginho me disse que vinha dar uma notícia, pressenti logo que fosse isso. A vida mete-nos respeito. Isto, de facto, é tudo tão estranho…

Deus o tenha, que bem merece. Tinha essa má cabeça, mas um grande coração. E uma esmerada educação à moda antiga. Era mesmo um Amigo! Nunca fiquei mais pobre por qualquer miséria que lhe tenha dado, mas hoje ele deixou-nos, a mim, à minha Casa e àqueles que a frequentam, muito mais pobres…

Senhor França, bom Amigo, até à Eternidade, se Deus quiser. Em qualquer dia, que aí é sempre Domingo…

(Foto das Sopas do Espírito Santo das Casas do Frias - 2017)

sábado, 5 de junho de 2021

Restauros nos Recantos da Casa de Mouronho



O Painel Identificativo da Casa, obra artesanal da nossa lagoense Cerâmica Vieira.



Iluminação e limpeza do velho depósito do azeite.



Restauro do louceiro principal.