sábado, 25 de dezembro de 2021
Presépio Grande das Casas do Frias
domingo, 19 de dezembro de 2021
Presépios da Casa de São Domingos
sábado, 27 de novembro de 2021
Melhoramentos no Paço de Mouronho
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
A Casa Mãe de todas as Direitas
VÍDEO: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/campanha-para-as-regionais-96-nos-acores/
Há 25 anos, recepção nos Açores ao líder natural do CDS-PP, indiscutivelmente a Casa Mãe de todas as direitas, a qual deve ter orgulho nos que estão e dedicadamente a servem, nos que partiram e lhe deram a alegria do regresso e, creio profundamente, também nos que partiram e, com empenho e entusiasmo, dão novos mundos ao mundo da Direita.
E as direitas nunca são rivais da Casa Mãe: complementam-na, enriquecem o espaço político, esvaziam o cinzentismo do centrão e, na sua diversidade e no seu conjunto, atraem muito mais eleitores, perdidos entre a abstenção e, pior, o voto na demagogia fácil das esquerdas.
Tiram votos à Casa Mãe? Não, só a esquerda os pode tirar, as direitas quando muito especificam-nos.
Modesta perspectiva deste eleitor perfeitamente de Direita, que não pertence a nenhuma das supra referidas três categorias de orgulho da Casa Mãe e que, neste emblemático vídeo, aparece despercebido e de relance a aconselhar qualquer coisa à organização do evento, o registo em que me sinto melhor na vida pessoal, profissional e política: transmitir aos outros o pouco que sei.
Nota final: há anos arredado da vida pública, mantenho muita honra em a ter servido na minha juventude sob a carismática e íntegra liderança do Doutor Manuel Monteiro, seguramente um dos maiores e melhores portugueses do nosso tempo, hoje a maior referência da Casa Mãe.
Casas do Frias, 25 de Novembro de 2021, Dia da Liberdade reconquistada.
sábado, 13 de novembro de 2021
Irmandade de São Martinho 2021
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
Regimento da Irmandade de São Martinho
REGIMENTO DA VENERANDA IRMANDADE DE SÃO MARTINHO DAS CASAS DO FRIAS
sábado, 30 de outubro de 2021
sábado, 23 de outubro de 2021
Entrevista ao Jornal "A Crença"
Com a devida vénia ao centenário Jornal vila-franquense e ao seu ilustre Director, Pe. Doutor José Paulo Machado.
sábado, 16 de outubro de 2021
No Centenário do Nascimento de meu Pai, Aristides de Medeiros Gusmão (16 de Outubro de 1921)
XIII neto de Gonçalo Vaz
Botelho, fundador da nossa querida Vila Franca do Campo, e bisneto legítimo do
último Senhor de Vila Franca, o morgado Manuel
José Botelho Coutinho e Gusmão, e de Josefa
Victoria Bettencourt Soares de Albergaria, herdeira da Casa Soares de
Albergaria, de Ponta Delgada, neto legítimo de Jacinto Soares de Albergaria Botelho de Gusmão, Fidalgo Cavaleiro
da Casa Real e Presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, e de Maria Isabel Moniz da Piedade, tetraneta
legítima dos Capitão-Mor de Santa Cruz da Lagoa, assim como de João Pacheco de Medeiros, Comendador da
Ordem de Cristo, e de Maria Devilde da
Conceição Bento Sampaio, filha de João Bento Sampaio, Capitão, Aristides de
Medeiros Gusmão era filho de Maria
Hermínia Soares Botelho de Gusmão e de
João Pacheco de Medeiros Júnior, nascido a 16 de Outubro de 1921, Domingo, às
sete horas da tarde, na freguesia de São Miguel, em Vila Franca do Campo.
Foi Baptizado na Igreja
Matriz de São Miguel Arcanjo, pelo Prior Jorge Furtado da Ponte. Foi seu
Padrinho o primo Albano de Gusmão Tavares do Canto Taveira, Juiz, da Casa dos
Senhores da Ribeira Grande.
Fez a Catequese e tomou a Primeira
Comunhão na Igreja de São Pedro de Vila Franca do Campo, tendo aí sido crismado
pelo Bispo de Angra, D. Guilherme Augusto Inácio da Cunha Guimarães, sendo seu
Padrinho o Vigário, Padre Manuel Pacheco de Sousa, de quem foi Menino do Coro
durante vários anos.
Fez a Instrução Primária em
Vila Franca do Campo, na antiga Escola sita atrás da Igreja de São Pedro,
nesses tempos em que as crianças chegadas à Escola, após rezarem, iniciavam o
dia com o canto da terra, o qual, ao final da vida, com saudade, ainda se
recordava de cor:
Vila Franca, Vila Franca
Vila
Franca terra amada
Com
tanta estufinha branca
A
brilhar à luz doirada.
Ao
norte, serras viçosas
A
abraçarem o céu;
Ao
sul um mar de rosas
A
dar a volta ao ilhéu.
Após concluir com distinção a Escola Primária, veio morar em Ponta Delgada e ingressou na Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada, hoje Escola Roberto Ivens, onde concluiu com êxito o curso geral.
Proprietário de profissão,
tal como todos os seus antepassados desde o início do Povoamento, viveu não
apenas dos rendimentos de que usufruía, como do investimento que ia fazendo em
imóveis que, num misto de rendimento e entretenimento, ia adquirindo, mandando
restaurar e arranjando dono… Assim o fez a dezenas de casas, em Angola, em Vila
Franca, em Ponta Delgada e, nos últimos anos, em apartamentos nos arredores de
Lisboa, chegando em alguns casos a mandá-las construir de raiz.
Bom comunicador e excelente
contador de histórias, viajou pelos quatro cantos do mundo, passando grandes
temporadas na cidade de Lisboa, percorrendo por diversas vezes as várias
cidades do País, assim como as principais cidades da Europa.
Em 1950 foi para Angola,
como responsável pelo Grémio do Milho, por indicação do Dr. Manuel Ramos de
Sousa, director dos serviços de economia de Angola, e recomendação do Primo
Visconde do Botelho, como gostava de contar com honra e gratidão.
Atracou no porto de Luanda a
23 de Maio de 1950, no velho navio “Mouzinho de Albuquerque”. Viveu, primeiro,
entre o Lobito e Benguela, e depois na cidade de Silva Porto (hoje Kuito), após
Nova Lisboa (Huambo), durante seis anos. A sua passagem por África marcou-o
muito positivamente, mantendo ao longo da vida belíssimas recordações dessas
vivências de então.
Avisado por carta da
terminal doença do pai, quis regressar a S. Miguel para estar com ele, mas a
viagem de um mês que os separava já não permitiu encontrá-lo com vida, pois que
no Domingo do Senhor da Pedra, 26 de Agosto de 1956, estando a Imagem a passar
à janela de Casa, seu pai, vencido pela doença, partia deste mundo, uns dias antes
de se poder cruzar pela última vez com o regressado filho.
Só chegou, após ter passado
pelas Canárias e por Lisboa, visitando Fátima (por coincidência, sem o saber,
no dia em que seu pai falecia), à espera do barco que o trouxesse a São Miguel,
em Setembro, tendo saído na quinta-feira, dia 13, e chegado na segunda-feira,
dia 17. Embora o pai já estivesse sepultado, não mais voltou a Angola, para dar
conforto à mãe naquela hora difícil.
De África trouxe, além de
uma colecção de adereços e decorações exóticas e diferentes à época, uma
macaca, a qual, exposta no Balcão da Casa de Família, fez as delícias da
criançada daqueles anos cinquenta que àquela velha Rua do Senhor acorriam,
atrás de tão desconhecido animal. Quando morreu foi mandado embalsamar e doado
ao museu Carlos Machado, onde se encontra exposto (afinal tratava-se da
homenagem a uma rainha!) Chamava-se Nacatola (nome da Rainha indígena do povo
de Luanda que ficara famosa na cidade por ter participado de um atrevido e logo
despedido funcionário dos comboios que, menosprezando o ancestral título, a
impedira de aceder à carruagem “executiva”).
No Inverno de 1958 foi até
ao Brasil, onde permaneceu por uma temporada, tendo de lá trazido um papagaio
que enchia a casa com a sua voz, mas a doença silenciou-o precocemente….
Em 1960 percorreu o País de
Lisboa até Monção.
Também em Novembro, mês das
almas, em 1962, falecia a sua mãe, para o que fez questão de organizar um
funeral de homenagem à antiga, com todo o colégio do clero do Concelho e as
duas Bandas da Vila: a nossa Lealdade, fundada pela direita miguelista, depois
regeneradora de nosso bisavô Jacinto Botelho de Gusmão e a União, do Partido
Progressista de seu irmão e nosso tio Nuno Botelho de Gusmão, 1º Visconde do
Botelho.
No final de 1963, viajou aos
Estados Unidos da América, onde permaneceu durante alguns meses, ficando em
casa dos parentes Angelina Furtado Ramos e Augusto do Couto Ramos, os quais nos
haviam visitado em Junho de 1963.
Regressando em 1964, visitou diversas cidades europeias, como Madrid, Paris e Lourdes. Em 1965 foi a vez de percorrer o País de Lisboa até aos Algarves. Em 1968 visitou Itália, nomeadamente as cidades de Roma e Veneza. Entretanto as viagens tinham por maior demora o encanto de Lisboa.
Foi na viagem a Roma, cuja
primeira parte ia de Ponta Delgada a Lisboa de barco, passando pela Madeira,
que conheceu a sua adorada Maria Rita, a qual viajava com as irmãs em passeio à
capital. Conheceram-se, mas cada um seguiu o seu destino. Lisboa, porém, não
foi grande suficiente que impossibilitasse de se reencontrarem no regresso de Roma.
O sinal ou a coincidência marcou-os, tanto mais que o reencontro aconteceu na
Igreja do Patrono desta Família, São Domingos de Gusmão.
Ao santinho foi entregue a
incumbência de garantir o sucesso posterior ao reencontro. Pois tanto assim foi
que, a 17 de Janeiro de 1970, com 48 anos de idade, casava na Igreja da Boa
Nova, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, da freguesia de São Gonçalo, da
cidade do Funchal, terra da Noiva.
Ao primeiro filho rapaz que
nascesse dar-se-ia o nome de Domingos em merecida homenagem ao invocado Santo,
o que veio a acontecer, embora enfeitado com o nome de Paulo, às modas da época…
Homenagem que não estará assim totalmente esgotada, deixando aos vindouros desta
Família esse bonito e tão simbólico nome - Domingos (do latim, Do Senhor) - para ser usado e abusado!
Nasceu o dito
filho em 1974, quando já completara 52 anos de idade, tendo já antes tido a sua
filha, Cármen Maria, em 1971.
Viveram na
Madeira; em Lisboa, na Avenida D. Carlos, em casa da cunhada Manuela, e, sendo
minha mãe aí colocada Professora, em Santa Iria da Azóia; em Vila Franca do
Campo, na Casa mandada construir na Rua da Paz, e na nossa Casa de Família, à
Rua do Senhor; na Lagoa, na Rua D. Manuel de Medeiros Guerreiro, na Casa
adquirida à família do emérito Bispo que ali viveu e deu nome à Rua; em Ponta
Delgada, na Casa da Rua de Sant’Anna; e em Algés, na Avenida dos Bombeiros.
Desde 1992 dividiram o ano entre as duas últimas residências, Ponta Delgada, de
Verão, e Algés, de Inverno, onde tinham por vizinhos cada um dos filhos e
respectivos netos…
Entretanto continuaram a
ronda pelo mundo, tendo visitado juntos a Europa, a Terra Santa, Marrocos, a
Tunísia, a Turquia…
Em 2013, já com 91 anos,
visitou pela última vez a sua Ilha e a sua Vila, por bonita coincidência, à
inauguração da Ermida do seu venerado São Domingos, já em estado debilitado,
mas quis o destino ou o Santinho que, mesmo sem entender bem que se tratava de
nova Capela diferente da nossa de Ponta Delgada, estivesse presente.
Desde então ficou-se por
Algés, aos dedicadíssimos cuidados da sua amada mulher. Numa das suas últimas
visitas ao hospital, regressando o inconsciente à infância, pedia para que se
chamasse o carro de praça que o levasse à sua longínqua Vila. O carro não o
trouxe, mas a 02 de Novembro de 2015, com 94 anos de idade, em dia de Fiéis de
Defuntos, na sua cama e, após o pequeno-almoço, disse à sua sagrada esposa que
ia agora descansar e, virando a cara, partiu para a vida eterna.
Os restos mortais ficaram
por Carnaxide, sendo, com pena nossa, o primeiro, em treze gerações desde o
Povoamento da Ilha, a não ter sido sepultado na nossa Vila Mãe… Mas esse é
desgosto certamente menor e até corrigível, face à ausência da veneranda figura.
A minha reza
diária e a nossa sentida gratidão pelo que nos transmitiu do que recebeu dos
nossos de tantas gerações…
domingo, 8 de agosto de 2021
domingo, 25 de julho de 2021
CORO DA MISSA NOVA DO PADRE JORGE SOUSA - Ponta Garça, 18 de Julho de 2021
Aos
músicos e cantores que deram voz e alma ao Coro que solenizou a Missa Nova do
nosso estimado Neo-Sacerdote, Padre Jorge Sousa, também ele nosso antigo e
belíssimo tenor, aqui fica o meu agradecimento. Apesar das máscaras e do
distanciamento, do calor e da extensão da celebração (3h15), aos 60 músicos e
cantores que, empenhadamente, se juntaram nesta Sagrada Causa, a minha gratidão
pela paciência, entusiasmo, colaboração e profunda Fé devolvida ao Criador,
através do canto e da liturgia.
Desde logo ao meu querido Coro de Ponta Garça e ao seu maestro, Sr. Carlos Neto, o qual, dedicadamente, ensaiou os cânticos litúrgicos ao Coro. Do mesmo modo, à dezena das minhas estimadas cantoras de Vila Franca que, simbólica e esmeradamente, veio dar a sua colaboração. Finalmente, a todos os que acederam ao meu pedido de prestarem a sua preciosa ajuda, aqui destacando a Sr.ª Organista e minha Comadre, Prof.ª Ana Paula Andrade; a competente cantora, Prof.ª Rita Andrade; o belíssimo tenor, Dr. Ricardo Botelho, Presidente e Contra-Mestre do Coral de São José; o maestro da Matriz de São Miguel, Sr. Hélio Medeiros, e seu atinado filho, Dr. Rogério Medeiros; a Sr.ª D. Catarina Medeiros Ferreira, bela voz que nos acompanha desde a Missa Nova de Pe. Norberto, já lá vão 21 anos; a segura Sr.ª Enf.ª Sandra Fontes; os meus profissionais compadres, Dr.ª Andrea Vasconcelos e Dr. Frederico Sampaio; o meu querido Cunhado, Prof. Edgardo Madeira, que desta vez até chegou a horas; e, claro, as minhas Senhoras, Esposa e sempre pronta companheira Gisela, e Meninas Cristiana e Isabel, com os seus decididos instrumentos de corda que tanto aprecio. A todos os Amigos que me acompanham nesta missão de muitos anos, quando e onde é preciso, aos que participaram e aos que, por restrições de lugar, desta vez não pude chamar, o meu bem-haja e Deus vos pague. Uma palavra especial ao grande baixo Dr. Vítor Gonçalves, que nos faltou por mau jeito no pé, desejando-lhe rápidas melhoras. E porque os últimos são os primeiros, aos Seminaristas André Andrade Furtado, do Rosário da Lagoa; Leonel Fidalgo Vieira, das Furnas; Fábio de Sousa Silveira, da Candelária do Pico; e ao nosso Afonso, desta cidade e do nosso Conservatório de Ponta Delgada.
Esta celebração abre-se com uma peça solene de Órgão, enquanto o sacerdote caminha para a Igreja; invoca-se, à maneira antiga, o Divino Espírito Santo, Aquele que, pela Ordenação, trouxe os dons do sacerdócio, com o Veni Creator, em fá bordão, à sua chegada ao templo. Inicia-se, então, o solene cântico de entrada, ”O Cordeiro que foi Imolado” do Pe. António Cartageno. Seguem-se o Kyrie, do Pe. Carlos Silva, o Gloria in Excelsis, do compositor contemporâneo francês, Jean-Paul Lécot, o bonito salmo do seminarista Leonel Vieira, e o imponente Aleluia da Prof.ª Ana Paula Andrade. Ao ofertório, o cântico temático da liturgia do dia (Bom Pastor), “Jesus, Rei Admirável”, também do Pe. Cartageno, intercalado pelo Majestoso Iuravit, do Cardeal Henry O’Conneel (O Juramento de que Deus não se arrependerá). A Consagração pelo Neo-Sacerdote, momento maior da Santa Missa, é antecedida pelo Santo, de Marco Frisina, compositor e Maestro do Vaticano, e seguida, com o celebrante de joelhos, pelo Hino do Santíssimo Sacramento, da velha escola musical micaelense do Padre Serrão, com a percursão identitária das nossas açoreanas filarmónicas. À comunhão, após o Cordeiro de Deus, do Pe. Azevedo Oliveira, o regresso do tema do dia, com “O Senhor é o Bom Pastor”, de António Mário Costa, seguido do sereno e belo “Quem Comer deste Pão”, da Prof.ª Ana Paula Andrade, acompanhado de Violino e Violoncelo, tal como se fizera no Aleluia, encerrando-se com o festivo Tollite Hostias, de Camille Saint-Saens. Após agradecimentos, ofertas, poemas e outras variedades, regressou-se à Sagrada Liturgia com o canto do Te Deum, de Bordese, seguindo-se o Tantum Ergo, gregoriano, em português, encerrando-se a celebração com o Ecce Sacerdos “Novus”, melodia do Pe. Abel Alves, e, às despedidas, o popular “Salvé, Salvé, ó Eleito de Cristo”, de C. Costa, regressando a improvisada orquestra, em toque de Hino.
O repertório procurou promover a música litúrgica contemporânea, assim como a tradição musical diocesana, dentro das normas estabelecidas pela Sacrossantum Concilium, vanguarda das disposições litúrgicas emanada do Vaticano II, a qual nunca é demais reler, estudar, interiorizar e praticar:
“A
tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede
todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado,
intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da
Liturgia solene. A música sacra será, por isso, tanto mais santa quanto mais
intimamente unida estiver à acção litúrgica, quer como expressão delicada da
oração, quer como factor de comunhão, quer como elemento de maior solenidade
nas funções sagradas.
O
sagrado Concílio, fiel às normas e determinações da tradição e disciplina da
Igreja, e não perdendo de vista o fim da música sacra, que é a glória de
Deus e a santificação dos fiéis, estabelece o seguinte: A acção litúrgica
reveste-se de maior nobreza quando é celebrada de modo solene com canto, com a
presença dos ministros sagrados e a participação activa do povo. Guarde-se e
desenvolva-se com diligência o património da música sacra. Promovam-se com
empenho, sobretudo nas igrejas catedrais, as «Scholae cantorum».
A Igreja
reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá
este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro
lugar. Não se excluem todos os outros géneros de música sacra, mormente a polifonia,
na celebração dos Ofícios divinos, desde que estejam em harmonia com o espírito
da acção litúrgica. Promova-se muito o canto popular religioso, para que
os fiéis possam cantar tanto nos exercícios piedosos e sagrados como nas
próprias acções litúrgicas, segundo o que as rubricas determinam.“
Ao nosso bom Amigo, Padre Jorge Sousa, agradecendo, em nome da nossa Família, a honra e a alegria deste modesto serviço à Santa Igreja, mas que procuramos fazer no melhor que pudemos e soubemos, os votos de muito sucesso na nova e difícil missão de levar Deus aos homens e os homens a Deus.
Ponta Delgada, Casas do Frias, 25 de Julho de 2021
Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Noite de São João 2021
quarta-feira, 9 de junho de 2021
O nosso Senhor França
À hora de Almoço, bateram-me à porta de Casa, aqui no Frias. Pelo toque, era o Senhor Serginho, mas em som mais acelerado e decidido. Percebi que era algo importante. Quando cheguei à varanda, pensou um pouco, deixou primeiro o silêncio falar e só depois concluiu, com tristeza: “venho comunicar-lhe o que soube há pouco”. Não precisei ouvir mais nada…
Desde o Sábado do Senhor Santo Cristo que o nosso comum Amigo, Senhor França, nunca mais cá aparecera. Despedira-se, aliás, nesse dia, com a refinada educação que transportava consigo, mesmo nos dias de menor fortuna, desejando uma Santa Festa do Senhor e até Domingo, se Deus quiser. Estava mais tristonho, mas isso dava-lhe às vezes. E era natural. A má cabeça condenara-o a uma vida de sofrimento. Mas passava-lhe. E acabava por regressar com boa disposição.
Por sinal, era muito devoto do Senhor Santo Cristo. A última gentil oferta que me fizera fora precisamente um bonito prato da Veneranda Imagem, o qual eu já tinha posto na Sala do Consultório, com Fé no Sagrado Representado e orgulho no dedicado gesto, para lhe mostrar quando ele regressasse. Mas afinal, sem o sabermos, após muitos anos de Amizade, simbolicamente, este Sábado do Senhor Santo Cristo era mesmo o último dia em que nos encontraríamos aqui pelo mundo terreno.
Luís António Fernandes França, nascido a 21 de Setembro de 1966, no seio da elegante Família França desta cidade, ligada à fundação da velha Casa de Américo França, antecessora da loja Gil M. Teixeira, já fora estudante, cumpridor do serviço militar e colaborador dos jornais da praça, mas foi-se deixando decair e vivia já sozinho, pela Calheta, alheado do mundo, embora sempre atento às actualidades políticas da terra e às coisas de Deus. Conheci-o já no meio das suas aflições da vida. Passou a ser um frequentador habitual das nossas Casas, o que muito me honrava. Nem lhe fazia qualquer favor, pois nos dias de Festa era, pela sua cultura tradicional e educação natural, uma boa companhia. Havia até celebrado solenemente os seus 50 anos aqui nas Casas do Frias com a honrosa presença do Cónego Constância, que lhe dedicava Amizade, caminhando agora para os 55 anos, os quais não completou por cá, tendo partido para a Terra dos Vivos na passada Sexta-feira, dia 04 de Junho, sendo sepultado no Sábado, dia 05, no Cemitério de São Joaquim, na campa 105 do talhão norte (7ZA), à qual hoje acorri, na habitual saída após o Almoço, a prestar-lhe a minha última homenagem e rezar por sua alma.
Já tinha estranhado ele não ter aparecido no Domingo do Espírito Santo, como era tradição. E nunca mais cá aparecer. Hoje, quando este nosso Senhor Serginho me disse que vinha dar uma notícia, pressenti logo que fosse isso. A vida mete-nos respeito. Isto, de facto, é tudo tão estranho…
Deus o tenha, que bem merece. Tinha essa má cabeça, mas um grande coração. E uma esmerada educação à moda antiga. Era mesmo um Amigo! Nunca fiquei mais pobre por qualquer miséria que lhe tenha dado, mas hoje ele deixou-nos, a mim, à minha Casa e àqueles que a frequentam, muito mais pobres…
Senhor
França, bom Amigo, até à Eternidade, se Deus quiser. Em qualquer dia, que aí é
sempre Domingo…
(Foto das Sopas do Espírito Santo das Casas do Frias - 2017)