quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

25 de Dezembro - A Noite do Madeiro


No silêncio que oferece a serena noite, só o estalar da madeira timbra o tempo, aquecendo os cantares ao Menino, num sentimento comum que centra naquele aconchegante fogo a imagem da Luz que Ele trouxe ao mundo. É essa a tradição do madeiro: o calor, também humano, que rasga a gélida escuridão.
Um Menino nasceu! Começou um tempo novo.
O madeiro do Menino é o símbolo do Sol que nasceu para iluminar todo o homem que vem ao mundo.
Os povos antigos faziam o ritual sagrado do fogo no solstício de Inverno para que o sol voltasse a brilhar com maior intensidade.
O povo cristão acende o madeiro para que o Menino nascido volte a brilhar na nossa civilização.
Nas Casas do Frias cumpre-se o antigo uso. Ali, no coração da velha alta da cidade, em Dia de Natal, 25 de Dezembro, às sete horas da noite, após a Missa Solene da tarde de Natal, as chamas da tradição iluminam o tempo que passa.
Em redor do madeiro cantam-se laudas ao Menino, recita-se um conto de Natal, as crianças esboçam poesia e aconchega-se a amizade.
Ao entrar em casa, percorrem-se, em serenata, os recantos em que está representado o afecto do Menino, ornamentado por toda a Casa de três modos, pois que o três simboliza a perfeição: em altares, lapinhas e presépios. E para que não falte o número da plenitude: sete altares, sete lapinhas e sete presépios.
E ao terminar, a partilha de singelas mesas postas com os doces típicos e os calicezinhos, popularmente calzins, aguardando, anualmente, neste dia, a fraterna presença dos amigos à visita do Natal.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Concerto e Missa de Natal

Um pequeno Concerto, sem palmas, que, nesse emblemático dia, os louvores são ao Menino então nascido, de música tradicional de Natal, para nos enquadrar no ambiente da sua celebração maior: a Solene Missa do Dia.

Concerto de Natal – 16.30

1. O Menino está dormindo (Popular portuguesa) – Crianças;
2. Correi Pastorinhos (Popular portuguesa) – Capela e solista;
3. Rei dos Reis (Viriato Costa) – Capela e cordas;
4. Eis dos Anjos (Mendelson) – Capela e trompete;
5. Noite Feliz (Tadicional inglesa) – Solista;
6. Noite de Paz (Adolphe Adam) – Capela e cordas;
7. Pastoral (Mendelson) – Capela e trompete;

Missa de Natal – 17.00

1. Entrada – Adeste Fideles (D.João IV) – Capela e trompete;
2. Kyrie (Miguel Carneiro) – Capela e cordas;
3. Gloria in Excelsis (H. Piglia) –Capela e cordas;
4. Salmo – Todos os Confins da Terra (F. dos Santos) - Solista;
5. Aleluia –Benedicat Vobis (L. Mason/Haendel) – Capela e cordas;
6. Ofertório - Puer Natus est Nobis, Coro 12 (Haendel) – Capela e sopros;
7. Sanctus (P. Gusmão) – Capela e cordas;
8. Agnus Dei (P. Gusmao) – Capela e cordas;
9. Comunhão – Cristãos Alegria (Tradicional francesa) – Capela e sopros;
10. Pós-comunhão – Puer Natus in Bethleem (Gregoriano - séc. XIV) – Capela;
11. Final – Pela Estrada da Judeia (Pe. Serrão) – Capela e cordas;
12. Final – Alegrem-se os Céus e a Terra (Popular).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Novenas de N.ª Sr.ª Conceição

Estão a decorrer desde segunda-feira, diariamente, às 18.30 e, no Domingo, às 17.00, as tradicionais Novenas de N. Sr.ª da Conceição, nas quais é pregador o Rev. Pe. Dr. Augusto Cabral, antigo Reitor do Seminário de Angra e actual Capelão do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Serão cantadas pela Capela do Coro Alto da Matriz e demais cantores que se queiram associar, dando canto e alma a esta tão rica e secular tradição de preparação do Natal na nossa Cidade…

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Jantar dos Conjurados 2011

Cumprindo a Tradição, Jantar de Conjurados em Ponta Delgada, no cultural Hotel do Colégio, no dia 30 de Novembro de 2011, às 20.30.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

São Martinho 2011

Quase 9 horas e o Provador está a chegar... Já se saberá quem é!
O popular Provador de 2011, primo de João Bento.
O canto do Hino.
O Santinho.
A Prova oficial do belíssimo vinho feito e oferecido pelo irmão Cláudio.
O novo e académico Irmão Vítor e as intensas questões do Irmão Madeira.
A Irmandade das crianças com o seu Provador, Tomás , e o seu Guardião, Gonçalo. Laranjada com um ligeiro toque...
Os ilustres convidados - público presente.
João Bento, o Irmão Maior, a encerrar os trabalhos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A noite de São Martinho

Nas Casas do Frias - Casa de São Gonçalo, comemora-se, no Sábado anterior ao 11 de Novembro, a noite de São Martinho. Este ano adiada para o fim de semana seguinte, dada a soleníssima sessão de lançamento do livro Jesus - Menino Presente, na passada semana.
Lá estarão os irmãos de São Martinho, rondando o número de nove, pois de nove se faz Novembro e em nove provas se abre o vinho.
Por isso, aos oito confrades permanentes e ao Provador, o convidado que lidera a nobreza da Prova, é de lembrar que, à velha adega, há que chegar a tempo de, ao toque sereno das nove badaladas, logo em ponto começar.
O Provador convidado do ano e de convite honrosamente aceite fará a prova oficial, a douta Oração de Sapiência e terá a rigorosa direcção dos trabalhos durante a noite de São Martinho, dando e tirando a palavra aos confrades, de modo a tudo decorrer na ordem e solenidade que são tradição e apanágio da Irmandade.
Um irmão traz, aos costumes da tradição, umas palavras para abrir a rodada que irá servir daquele puro vinho aromado das Grotas Fundas, um petisco para o acompanhar e a cantiga que entoará à despedida da sua ronda, passando a palavra ao de idade seguinte, e assim até que se concluam as nove voltas que à pipa se há-de dar em noite de São Martinho.
Na Capela, fica a imagem do popular soldado romano a partilhar a sua capa com um necessitado mendigo, num apelo actual ao nosso espírito de caridade.
À maioria dos confrades de São Martinho, uma vez que o confrade que exerce o cargo de Batoqueiro continua a celebração durante todo o ano, à despedida das comemorações, ficam os nove cravos que ornamentam a imagem, representando, em cada um, cada uma das nove famílias dos irmãos, a alegria da partilha e o valor da amizade.



REGIMENTO DA VENERANDA IRMANDADE DE SÃO MARTINHO DAS CASAS DO FRIAS

1º É instituída a Irmandade de São Martinho das Casas do Frias.

2º A Irmandade é composta pelo Provador e por oito confrades permanentes: Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão, João Francisco de Sales Bento Sampaio, João Paulo Constância, Frederico André Cabral Sampaio, Cláudio Manuel Pacheco Medeiros, Edgardo Costa Madeira, Válter Manuel de Sousa Xavier e o novo irmão do ano.

3º O Provador é convidado anualmente pelo Guardião da Irmandade, podendo sê-lo também um dos confrades permanentes, quando especiais feitos entretanto realizados o justifiquem.

4º Ao Guardião da Irmandade, Senhor da Adega de São Martinho, cabe zelar pelo cumprimento da Tradição e do Regimento.

5º Ao confrade Cláudio é confiada a tarefa de Batoqueiro, responsável pelo Vinho; ao confrade Edgardo, a de Agitador, responsável pelos garrafões; e ao confrade Xavier, a de Cartoleiro, responsável pela pipa.

6º A Irmandade reúne anualmente, no Sábado anterior ao 11 de Novembro, dia de São Martinho, na Adega das Casas do Frias.

7º Em caso de impossibilidade de participação, o confrade informará o Guardião até nove dias antes, de modo a que seja convidado, a ocupar o lugar, um dos antigos Provadores.

8º São antigos Provadores: Jorge André Branco; Jorge Gago da Câmara; Cláudio Manuel Pacheco de Medeiros; e Pedro Lima de Araújo Pereira.

9º Os confrades reúnem-se à entrada da Casa às 20.30, vestindo as suas capas, recebendo o Provador à porta, escolhendo o seu copo e aguardando as nove badaladas do sino para se iniciar a cerimónia.

10º Às nove badaladas, os confrades saem em cortejo, entoando o Hino, de copo ainda vazio, por ordem decrescente de idades, com o Provador à frente, rumo à Adega, onde, homenageando São Martinho ornamentado, entoarão por nove vezes o seu Hino.

11º Chegados à Adega, estando todos de pé, cabe ao Provador abrir a Pipa e saborear o precioso néctar, servindo, após a Prova, todos os Confrades e povo presente.

12º Provada, por todos, a primeira das nove rodadas, o Provador mandará os confrades sentarem-se em volta da mesa e o povo presente em bancos corridos ao fundo da Adega.

13º Proferirá então o Provador a sua Oração de Sapiência, servindo aos confrades o petisco por si trazido e terminando com uma canção com que brindará os presentes.

14º Vazados todos os copos, proferirá então o Guardião da Irmandade a sua Intervenção, servindo aos confrades a segunda rodada e o petisco por si trazido, terminando com uma canção com que brindará os presentes.

15º Vazados todos os copos, proferirá então o confrade mais novo a sua Intervenção, servindo aos confrades a rodada seguinte e o petisco por si trazido, terminando com uma canção com que brindará os presentes e assim sucessivamente.

16º Terminadas as nove rodadas, será cantado o Hino por nove vezes, intercalando-se com vivas a S. Martinho, ao Provador, ao Vinho de Cheiro, à nossa Adega, aos Confrades, às Mulheres destes, aos seus Rapazes, à Amizade e à Tradição!

Casas do Frias – Adega de São Martinho, 08 de Novembro de 2008

Publique-se. O Guardião da Irmandade. Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jesus - Menino Presente, dedicado ao Monsenhor José Ribeiro Martins


Clique para visualisar o video de apresentação do livro.

Programa

Entrada – 20.45

1. Die beste Zeit – Método: Órgão – Gonçalo Botelho de Gusmão (1º grau);
2. N.º 77 – Método: Órgão – Gonçalo Botelho de Gusmão (1º grau);
3. Batalha de 6º tono – Pablo Bruna: Órgão – Frederico Costa (7º grau);
4. Voluntary V – Haendel: Órgão – Frederico Costa (7º grau);

Cerimónia – 21.00

1. Ave Maria – Witt: Capela;

Pe. Nemésio de Medeiros - Pároco da Igreja de S. Sebastião – Matriz de Ponta Delgada;

2. Puer Natus in Bethleem – Gregoriano: Capela;
3. Choral – Bach: Músicos da Capela do Coro Alto;

Dr. Paulo Gusmão – orador convidado e apresentador da obra – Açores – Jesus - Menino Presente;

4. Prelúdio em Dó maior – Bach: Órgão – Dr.ª Ana Paula Andrade;
5. Gloria – Vivaldi: Capela, Órgão e Orquestra da Banda Lealdade;

Dr. José de Mello – autor da obra Açores – Jesus - Menino Presente

6. Puer Natus est Nobis – Do Messias de Haendel – Coro 12: Capela e Orquestra da Banda Lealdade;
7. Improviso de Órgão – Dr.ª Ana Paula Andrade.

Capela do Coro Alto da Matriz de Ponta Delgada:
Soleniza a Missa Dominical das 17.00;
Mestre de Capela, Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão.

Dr.ª Ana Paula Andrade Constância:
Organista Titular da Matriz de Ponta Delgada;
Directora do Conservatório Regional de Ponta Delgada.

Músicos da Capela do Coro Alto da Matriz de Ponta Delgada:
Órgão – Frederico Costa;
Violino – João Costa;
Violoncelo – Henrique Andrade Constância.

Orquestra da Banda Lealdade:
Integra a Banda Lealdade de Vila Franca do Campo, vencedora do
Concurso Filarmonia Açores 2011;
Maestro, Sargento Carmino Melo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Coro do Conservatório Domingo na Missa das Cinco


No próximo Domingo, 30 de Outubro, último Domingo do mês da Música, encontram-se os antigos alunos do Conservatório de Ponta Delgada e, sob a regência da sua antiga e muito estimada maestrina, D. Natália Silva, cantam a Missa solene das Cinco horas da Matriz de Ponta Delgada, acompanhados, ao Órgão, pela distinta Directora do Conservatório, Dr.ª Ana Paula Andrade.
Ao Meio-dia e meia tem lugar o almoço com as Famílias, na Colmeia – Hotel do Colégio, antigo edifício do Conservatório. Às quatro da tarde sobe-se ao Coro Alto da Matriz para recordar partituras e às Cinco é a Missa, tendo este ano por intenção as melhoras do sapiente professor de violino Grigori Spektor.
Do repertório consta: Entrada - Jubilate Deo; Ofertório - Locus Iste; Comunhão - Ave Verum de Mozart; Pós-comunhão - Dona Nobis Pacem; e Final - Canticorum.
As partes próprias da Missa serão cantadas, como habitualmente, pela Capela do Coro Alto da Matriz. A Missa será celebrada pelo Reverendo Prior da Matriz de Ponta Delgada, Pe. Nemésio Medeiros.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um amigo que parte...

Faleceu Gilberto Sampaio, dedicado cantor, baixo, do Coro de Ponta Garça. Gostaria de ter estado presente na merecida homenagem que se presta aos homens bons. Mas só mais tarde soube que Ponta Garça e o nosso Coro estavam mais pobres... Perdemos um amigo na terra, ganhamo-lo certamente no Céu!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ao Seminário Colégio


Primeiro Sábado de Outubro de cada ano. Nessa mesma data daquele marcante dia da nossa infância em que, com tão tenra idade aos olhos de hoje, deixamos a casa paterna, entrando no Seminário. Que dia!

Pois é nesta data o grande dia anual dos antigos alunos do Seminário Colégio do Santo Cristo. Missa às 19.00 por alma dos antigos professores e alunos já falecidos e Jantar no São Miguel Park Hotel, sempre saudoso edifício do Seminário.

Mesmo sem nunca terem as paredes sido belas, a alma enchia-lhe o vazio das construções de betão. Edifício feito de azáfama e de corrupio, numa constante marcha diária de escadas e corredores; feito do saber que enchia de eco os cantos das salas de aula; repleto do silêncio possível das salas de estudo; ensolarado por uma inigualável vida cultural, dada assim de perto àquelas crianças, criadas entre academias, saraus, coros e teatros; repousado no merecido descanso de enormes camaratas; alicerçado naquela aromática Capela onde sempre se voltava; salpicado de refeições sem demoras que os Jardins eram logo ali...

É dia de reviver essa Infância. Ali. No mesmo espaço. Alterado - não importa. O que de belo teve não era de argamassa. Ali. Com os colegas. Mais envelhecidos - tanto mais rica é a memória. E com os professores que na sua maioria já cumpriram a sua missão neste mundo.

Mas tempos houve em que ainda não era assim. Tudo estava ali. Dias seguidos. Nós. Semanas. Os colegas. Meses. A Casa. Trimestres. Os Professores. Anos a fio. O Seminário.

E pois que a memória não é passado. É vida. Pertence-lhe. Pois que só os vivos a podem ter com esta força. É uma herança que nos foi entregue para o futuro. No que somos. No que fazemos. No que legamos aos que nos rodeiam ou mais amamos!

É por isso um dia de enorme alegria...

E em cada Outubro passa mais um aniversário sobre aquele outro de 1966. Festivamente vivido nesta cidade de Ponta Delgada. Inaugurava-se a novidade do ano nesta Ilha: o novo edifício do Seminário Colégio do Santo Cristo. Uma data cheia de simbolismo para as várias gerações de alunos que, ao longo dos seus cerca de 30 anos de existência, nele tiveram formação espiritual, escolar e humana.
Como os tempos mudam. Nos anos 30, o novo espaço para onde havia sido transferido o Seminário Episcopal de Angra, aberto em 1862, no velho Convento de São Francisco, tornara-se pequeno para o grande número de candidatos ao sacerdócio, tendo sido equacionada a construção de um novo edifício em Santa Catarina, ao Pico da Urze!
Nova solução, porém, surgiu quando chegava, a esta Diocese, Dom Manuel Afonso de Carvalho: a construção de um Seminário Menor, em Ponta Delgada, que simultaneamente servisse de Colégio para alunos internos e externos.
Permaneceu assim o Seminário Maior no coração da cidade de Angra, criando-se um novo pólo que, além da sua componente vocacional, razão primeira da sua existência, foi uma referência educativa nestas Ilhas.
Transitoriamente instalado no antigo Convento dos Jesuítas, em Novembro de 1956, é o novo Seminário Colégio inaugurado a 12 de Outubro de 1966. Equipado com um corpo docente cuidadosamente preparado, ofereceu um ensino de grande qualidade a muitas centenas de jovens, como Colégio na primeira década, e depois só como Seminário Menor.
E aí está a Casa novamente cheia dos seus, mais ou menos que sejam, venham de propósito do continente, desta ou doutras ilhas. Está cheia porque são amizades de sempre. Está cheia porque se repleta de gratidão. À Divina Instituição e aos Mestres. Tão grandes Mestres. O carismático Reitor, Mons. Jacinto de Almeida, e o seu sucessor, mestre na Música, Pe. Laudalino Frazão. O bem recordado Prefeito, Pe. António Varão. O formador de homens, marcante nos últimos anos em que assumiu essa missão, o Pe. José Maria Almeida, um homem santo. O Mons. Weber Machado, um génio da matemática. O Mons. Agostinho Tavares, conselheiro dos alunos. O Pe. Agnelo, homem de ciência e saber próprio. O Dr. Hermínio Pontes, mestre sem par da língua pátria. O castiço cura de aldeia, Pe. Gilberto Lima, pintor e artista. O Pe. José Francisco, sempre bem-disposto, acudindo aos serviços da Casa...
Gente boa. De coração grande, que se dedicava àquelas gerações como um pai indica aos filhos o caminho em frente na cruzada do mundo. Deste e do Outro...
A Instituição já não existe, o edifício já tem outro fim, mas, mesmo assim, obriga a gratidão que a sua memória perdure viva, aos menos enquanto perdurarem os frutos da sua obra.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Capela do Coro Alto da Matriz de Ponta Delgada



Missa Solene Dominical - Cinco da tarde
Ensaios: Domingos às 16.15.


“No mar vivem os peixes e silenciam. Os animais sobre a terra gritam, mas os pássaros, cujo espaço vital é o céu, cantam. Do mar é próprio o silenciar, da terra o gritar e do céu o cantar. O homem, porém, participa de todos os três: ele carrega em si a profundidade do mar, o peso da terra e a altura do céu; por isto são suas as três propriedades: o silenciar, o gritar e o cantar. Hoje (...) vemos que ao homem privado de transcendência permanece somente o gritar, porque deseja ser somente terra e procura transformar também o céu e a profundidade do mar em sua terra. A verdadeira liturgia, a liturgia da comunhão dos santos, devolve-lhe a sua totalidade. Ensina-lhe novamente o silenciar e o cantar, abrindo-lhe a profundidade do mar e ensinando-o a voar, o ser do anjo; elevando o seu coração, faz ressoar de novo nele aquele canto que se havia adormecido. Ou ainda, podemos dizer que a verdadeira liturgia se reconhece exactamente no facto de que esta nos liberta do agir comum e nos restitui a profundidade e a altura, o silêncio e o canto. A verdadeira liturgia reconhece-se no facto de ser cósmica, e não sob a medida de um grupo. Ela canta com os anjos. Ela silencia com a profundidade do universo à espera. E assim ela redime a terra”.
Joseph Ratzinger, in Cantate al Signore un Canto Nuovo, pp. 153-154.


112. “A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte…”
116. “A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar”.
118. “Promova-se muito o canto popular religioso…”
36. “Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos…poderá conceder-se à língua vernácula lugar mais amplo … em algumas orações e cantos…”
In Constituição A Sagrada Liturgia, Concílio Vaticano II


Missa de Angelis – gregoriano e polifonia de Mario Soroldoni; Pie Pelicane; Tolite Hostias– Saint- Saens; Gloria Patri – Saint-Saens; Ave Verum – Mozart; Canticorum – Haendel; Coro 12 – Haendel; Aleluia – Haendel; Gloria – Vivaldi; Te Deum – Bodese; Te Deum – Perosi; Requiem – Perosi; Ave Maria – Perosi; Ave Maria – Witt; O Sanctissima; Adeste Fideles; Pastoral – Oratória de Maendelson; Panis Angelicus – C. Franck; Adoro-Te; Parce – Menagali; Miserere…


Mestre de Capela: Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

À velha Rua do Frias

Setembro é tempo de regressar à cidade. À velha Rua do Frias. Àquela a que Armando Cortes Rodrigues dedicou o "Poema da minha Rua."
Daqui se deram vivas a D. Miguel e se conspirou entre os homens do povo, reunidos em nocturna e centenária taberna, já então fartos de pedreiros livres em início de derrapagem civilizacional. E de tão nobre Botequim, daqui foram presos, com os outros mais, ao Forte de São Brás, onde após a célebre Revolta dos Calçetas, foram sumariamente executados, certamente em nome dos já então proclamados valores ditos da liberdade.
Rua de moagem, de solares e de casas simples. Rua do tempo da fundação da Cidade.
Rua de António Frias, o pai da Rua, que lhe deu o nome, o Jardim que a encima como uma coroa e a Ermida da Senhora Sant'Anna. Rua de Francisco Nunes Bago, licenciado do século XVII, também ele de Vila Franca do Campo, onde ainda hoje dá nome à velha Rua do Bago. Rua de José do Canto, cuja imponente estátua, no local da velha casa do licenciado Frias, marca, ao fundo, a serenidade que aquele belíssimo Jardim novecentista lhe oferece. Rua de José Maria Raposo de Amaral, reputado autonomista, família que em tempos antigos, durante anos, manteve viva a tradição de Sant'Anna. Rua de Armando Côrtes Rodrigues, poeta cujas culturais tertúlias se repartiam entre a velha Capital do Arcanjo e esta sua Rua. Rua do Padre José Joaquim Rebelo. Rua de tantos cujas memórias ainda perduram...
Mas é também Rua de gente simples e feliz. Gente que encontra, no que resta dos seus ladrilhos, o mais familiar canto da urbe. Rua de rosto humano cravada ao centro da cidade...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Banda Lealdade ganha 1º lugar nos Açores

A Banda Lealdade, de Vila Franca do Campo, venceu, este fim de semana, na Ilha do Pico, o concurso Filarmonia, organizado pela Antena 1 Açores, no primeiro nível, ou seja, no grau de dificuldade mais elevado na execução das peças.
Em 2010 já havia ganho, também sob a competente regência do maestro Carmino Melo, no Coliseu Micaelenese, o 1º lugar do segundo nível, o qual foi desta vez ganho pela Banda União Faialense.
Desde 1917 que não existiam concursos de Bandas nestas Ilhas. Também nessa data o 1º lugar foi arrecadado, no Coliseu Micaelense, pela Banda Lealdade, tendo então ficado em 2º lugar a União Fraternal de Ponta Delgada. Estão de Parabéns os seus músicos, apoiantes e dirigentes, a quem aqui saudamos na pessoa do seu empenhado Presidente, Carlos Medeiros.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A nossa Vila e mais os Filhos seus...

27 de Agosto – Sábado

21.30 – Mudança da Imagem do Senhor da Pedra, da Igreja da Misericórdia para a Igreja Matriz, acompanhada da Banda Lealdade e da Banda União Progressista.

22.00 – Te Deum de Perosi, na Igreja Matriz, cantado pelo Grande Coro de São Miguel.
22.30 – Arraial com Concerto pela Banda Lealdade.

28 de Agosto– Domingo

12.00 – Missa Solene, cantada pela Coro da Prioral Matriz do Archanjo São Miguel.
18.00 – Procissão.
20.00 – Arraial.

29 de Agosto – 2ª Feira

11.00 – Missa Solene, cantada pela Coro da Prioral Matriz do Archanjo São Miguel.
20.00 – Arraial.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ponta Garça em Festa



Em terras de Ponta Garça decorrem as Festas da Senhora da Piedade. A Imagem, que o povo venera, sai à Rua após a Missa de Festa no Primeiro Domingo de Agosto, este ano a 7 de Agosto, solenemente cantada pelo esmerado Grupo Coral de Ponta Garça.
E, no meio do tão vasto programa que acompanha estes dias de Festa, sobra tempo ao silêncio da contemplação da Senhora que carrega nos braços o seu Filho.
No encerramento da Festa, em apoteose final, dia 14 de Agosto, às onze e meia da noite, a Imagem sai ao adro, à veneração de milhares de fiéis, rasgando-se o silêncio da noite com a surdina de uma centena de vozes, entre cantores e amigos da terra e da arte dos sons, rezando, pelo canto, a serena Ave Maria de Fr. Witt.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Senhora Sant'Anna 2011

13 De Julho – Quarta-feira
20.00 – TRÍDUO - Missa cantada.

14 De Julho – Quinta-feira
20.00 – TRÍDUO - Missa cantada.

15 De Julho – Sexta-feira
20.00 – TRÍDUO - Missa cantada.
21.00 – Arraial com bazar e barraquinha com petiscos, junto à Igreja de Sant’Anna.
23.00 – SAÍDA das Imagens para a Arquinha, onde serão ornamentados os andores.

16 De Julho – Sábado
20.00 – REGRESSO das Imagens: Saída da Ermida, Rua da Arquinha, Travessa da Arquinha, Rua do Amorim, Rua de São Gonçalo e Rua José do Canto, acompanhado da Banda Lealdade.
21.00 – TE DEUM, cantado pela Capela do Coro Alto da Matriz.
21.30 – Arraial com a Banda Lealdade.

17 de Julho – Domingo
11.00 – Procissão – Sai da Ermida, desce a Rua do Frias e sobe Sant’Anna, pela Cícero Medeiros. 12.00 – Missa Solene, presidida pelo Rev. Pe. Pedro Maria Tavares Carreiro, Vigário Paroquial da Matriz de Ponta Delgada, e cantada pela Capela do Coro Alto da Matriz de Ponta Delgada.
18.00 – Arraial.