segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A nossa Homenagem!

A 1 de Fevereiro decorrem 103 anos anos dos trágicos acontecimentos do Terreiro do Paço em que foi barbaramente assassinado o então Chefe de Estado da Monarquia Portuguesa. Nas principais cidades do País são celebradas Solenes Eucaristias de sufrágio pelas almas de Sua Majestade o Rei Dom Carlos, e de seu filho, o Príncipe Real Dom Luís Filipe.
Aqui fica a nossa humilde Homenagem!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Doutoramento com Summa Cum Laude

No passado dia 20 de Janeiro, o Padre António Manuel de Saldanha e Albuquerque, Oficial da Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano, natural da cidade da Horta, defendeu a sua tese de Doutoramento, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, aonde se havia licenciado, em História da Igreja, no ano 2000.
A sua tese, que versa sobre as relações entre a Igreja e o Estado, com a temática da cidade da Horta no século XIX, foi não só muito elogiada e aplaudida, como mereceu o Summa Cum Laude, a distinção máxima entre as três distinções de honra: Cum Laude, Magna Cum Laude e Summa Cum Laude.
Ao solene momento, próprio da distinta academia romana, assistiram dois cardeais, um arcebispo, alguns monsenhores, dois embaixadores portugueses, a Família e muitos amigos, entre os quais alguns colegas açoreanos: Pe. Dr. José Paulo Machado; Pe. Dr. José Júlio Rocha; Pe. Dr. Adriano Borges e o Padre Dinis Silveira, antigo aluno do Padre Saldanha.
As obrigações jurídicas e judiciais impediram-me de assitir a tão importante momento para a vida deste ilustre amigo e antigo colega de Seminário, deixando aqui o meu registo de superior congratulação pelo feito que é motivo de orgulho para os Açores, de modo especial para a Igreja Açoriana, a qual tem no Padre Saldanha um dos seus mais distintos e dedicados Padres.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Patrono da Cidade

Bem diziam os antigos que Janeiro é mês santeiro. Dos mais populares desta quadra pós- natalícia, São Gonçalo abre a época no dia 10, Santo Amaro e Santo Antão intermedeiam a 15 e a 17, e São Sebastião, o soldado romano invocado contra a peste, tal como aconteceu em Ponta Delgada, nos anos 1523 a 1531, em que a população formulou um voto de levantar um templo maior no local da pequena Ermida da então Vila, quando o flagelo acabasse, é festejado a 20 de Janeiro.
Terminada a peste, logo os habitantes de Ponta Delgada tomaram São Sebastião por seu padroeiro, iniciando a construção de uma Igreja maior.
Desde então, o Município encarregou-se de promover as festividades em honra do Patrono da Cidade, com Missa Solene, seguida de Procissão, onde se incorporavam as autoridades, a oficialidade, o senado, uma força militar e a respectiva Banda.
Por deliberação de 18 de Janeiro de 1578, pagava também a Câmara, das suas rendas, uma dança e folia na festa do excelso Padroeiro, que grande era a devoção que lhe tinha este povo e a popularidade desta festa entre as gentes da cidade, que, logo na véspera do dia vinte, saiam à rua em descantes, cantando, ao som de violas e guitarras, as conhecidas sebastianas.
E rezam também as crónicas que na característica procissão da Cidade integravam-se 23 andores, fechando com o do Glorioso Mártir, profusamente ornamentado, em cujo andor, levado por quatro artilheiros, lá ia a mais bela e farta das laranjeiras da época, como hoje, na Capela-Mor.
Percorria toda a cidade, em percurso semelhante ao do Senhor, sendo o venerando soldado efusivamente saudado, com vinte e um tiros de peça, ao passar no castelo de São Brás.
Mas veio a República e vieram as proibições de exteriorização de fé, para não ofender a minoria laica que entretanto foi crescendo como a erva à solta. E lá se foi a Tradição. Parte da tradição. A principal continua viva. No Domingo seguinte ao dia 20 há Missa Solene, às cinco da tarde, na Igreja Matriz de Ponta Delgada, onde toma assento a Senhora Câmara, o Reverendo Clero e a cristandade da secular cidade.
Nas velhas casas, a fruta do dia, que outrora era dada aos amigos ou, por vezes, festivamente atirada, à saída da Igreja, a laranja, ornamenta o santinho e dá o requintado sabor ao bolo típico da festa que, no recato do lar, a tradição vive e tempera a vida e enche a alma, pois que o corpo, em dia de batalha, cá em casa se fica por umas boas tripas à moda do norte...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

10 de Janeiro - São Gonçalo.

Passado o Natal, aí está Janeiro: mês santeiro. Dia 10, São Gonçalo.
Patrono das Casas do Frias e do Menino Gonçalo.
São Gonçalo de Amarante, carinhosamente tratado por São Gonçalinho, em Aveiro, é um Santo português do século XII, de grande devoção popular, tendo na sua terra, Amarante, a sua festa litúrgica em Janeiro e a Festa grande no Verão. Filho de nobre família, foi sacerdote, conhecido pelos seus dons de oratória e exemplo de virtudes cristãs e humildade. Foi Pároco de São Paio, visitou a Terra Santa e, no regresso, ingressou na Ordem de São Domingos de Gusmão, construindo a sua Capela, onde acolhia o povo em Amarante. É invocado como santo casamenteiro, da fertilidade, das danças e das festas.
Além de tudo isso, cá em Casa, é também lembrado como patrono do torrão natal do nosso ramo madeirense. Não fosse esta a Festa que, no Funchal, na freguesia de São Gonçalo e em toda a cidade, marca o fim da quadra natalícia.
A bonita Imagem esculpida em madeira de cedro, oferta de baptismo dos avós ao Gonçalo, em 2001, foi obra de um velho santeiro da cidade de Amarante, recomendada e trazida pelo amigo Padre José Paulo Machado, que aí trabalhara pastoralmente nos seus tempos de seminarista da cidade Invicta.
De Amarante nos foi gentilmente oferecido o seu Hino próprio, o qual foi aqui estreado na
inauguração da pequena ermidinha de São Gonçalo nas Casas do Frias, em Julho de 2007, dia em que iniciaram funções os quatro Meninos do Coro: Gonçalo, Francisco, Henrique e Tomás, em Solene Festa celebrada pelo Padre Saldanha.
Que o festejado santinho nos continue a transmitir alegria pela vida!