quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Duarte Gonçalves Rosa.

Nascido a 26 de Novembro de 1957, na cidade de Angra, Duarte Gonçalves Rosa, Mestre de Capela da Sé Catedral, iniciou os seus estudos musicais com a Professora Maria Letícia Mourato.
Frequentou a Universidade dos Açores e completou o curso de Filosofia/Teologia no Seminário Episcopal de Angra. Licenciou-se em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta e, em Direcção de Coro, pela Escola Superior de Música da Catalunha. É professor na Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, encontrando-se destacado na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, onde tem tratado do espólio de Tomás de Borba e de Francisco de Lacerda.
Publicou em 2008 o maior estudo sobre Tomás de Borba, grande vulto da Música no País, nascido na Rua do Galo e crescido na emblemática cidade de Angra do séc. XIX.
Está a trabalhar na sua tese de doutoramento, na Universidade dos Açores, sob orientação dos Professores Rui Vieira Nery e Carlos Cordeiro, na temática de Tomás de Borba.
Integrou o Quinteto e o Trio de Câmara da Associação Musical da Ilha Terceira (AMIT) e foi director artístico do Coro Tomás de Borba, da mesma instituição.
Participou no Coral S. Jordí, de Barcelona, o qual dirigiu no Stabat Mater, de Francesc Andrevi, com a Orquestra da ESMUC, na Universidade de Cervera, e colaborou com o Coro de Música Antiga da ESMUC, em Barcelona, na Messe de Minuit, de Charpentier. Teve a oportunidade de acompanhar ao órgão a Escolania, de Montserrat, num concerto de Advento, em 2004.
Actualmente dirige a Capela e a Orquestra Catedralícia da Sé de Angra e é vogal da Comissão Diocesana de Liturgia e Música Sacra.
Tem posto de pé preciosidades musicais esquecidas nos Arquivos da Catedral, como a Missa Brevis, de D. Pedro IV, no encerramento do centenário do Regicídio; as Matinas da Sagração da Catedral, composição de José João Baldi, do ano de 1808, aquando da passagem dos 200 anos; ou, nos 475 anos da Diocese, a Missa Solene de D. Pedro IV, dedicada ao Papa Leão XII, e, em estreia absoluta, a obra Nunc Dimittis, de Antero Ávila.
O Maestro Duarte Rosa, honrando e restaurando os pergaminhos do Coro da Catedral, tem dado assim à Diocese, da Igreja Mãe dos Açores, um estímulo ao valor da arte na Igreja e da importância da Música Sacra, ao promover e dirigir Concertos com obras esquecidas pelo tempo, integrando-as, por vezes, na liturgia. Não se trata de repetir apenas peças executadas noutras paragens, mas da muito mais difícil missão de, volvidos muitos anos, devolver o sopro da vida a um punhado de papéis velhos, transportando o homem para a intemporalidade no louvor ao Criador.
Génio da Música e Grande Amigo.
Muitos Parabéns!
Paulo Domingos Alves de Albergaria Botelho de Gusmão

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Hoje é noite de São Martinho!

Nas Casas do Frias - Casa de São Gonçalo, comemora-se hoje, sexta-feira anterior ao 11 de Novembro, a noite de São Martinho.
Lá estarão os irmãos de São Martinho, rondando o número de nove, pois de nove se faz Novembro e em nove provas se abre o vinho.
Por isso, aos confrades permanentes e ao Provador, o convidado que lidera a nobreza da Prova, é de lembrar que, à velha adega, há que chegar a tempo de, ao toque sereno das nove badaladas, logo em ponto começar. E, como diz o nosso povo, quem se atrasa, para o ano fica em casa...
Um irmão traz, aos costumes da tradição, umas palavras para abrir a rodada que irá servir daquele puro vinho aromado das Grotas Fundas, um petisco para o acompanhar e a cantiga que entoará à despedida da sua ronda, passando a palavra ao de idade seguinte, e assim até que se concluam as nove voltas que à pipa se há-de dar em noite de São Martinho.
Na Capela, fica a imagem do popular soldado romano a partilhar a sua capa com um necessitado mendigo, num apelo actual ao nosso sentido de inter-ajuda.
À maioria dos confrades de São Martinho, uma vez que o confrade que exerce o cargo de Batoqueiro continua a celebração pelo resto do ano, à despedida das comemorações, ficam os nove cravos que ornamentam a imagem, representando, em cada um, cada uma das nove famílias dos confrades, a alegria da partilha e o valor da amizade.