As cinzas, que nos foram impostas, simbolizam o dever da conversão, a mudança de vida, recordando a passageira, transitória e efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. "Lembra-te ó homem que és pó e que em pó te hás-de tornar", como celestialmente as crianças enchem a Igreja com o canto feito para elas.
Assim se inicia a Quaresma, quarenta dias antes da Páscoa, pois que os Domingos não são nela incluídos.
Pelas ruas, as romarias estão por toda a Ilha, timbrando, em toadas de Ave-Marias, adros e vielas. De cajado na mão, aí vão, percorrendo a Ilha do Arcanjo. Como sempre. Desde o tremendo terramoto de 1522, que nos levou a velha Capital e milhares das suas vidas. Para que tragédia assim não nos assole semelhante. Em cada fim-de-semana uns saem, outros regressam.
Os que ficam também oram. Porque de oração se faz a Quaresma. A mais Solene de todas é o Lausperene. Louvor eterno. É tradição bem antiga, nestas nossas Ilhas, a Exposição Solene do Santíssimo Sacramento no mais alto lugar do templo, no trono da Capela-Mor, o qual ficava tapado, com damasco, no resto do ano, só se abrindo nesta Festa, ornamentando-se a preceito a Igreja, com as aromáticas flores próprias da época e as luzes cintilantes de lamparinas e velas fervorosamente a arder.
Na cidade de Lisboa, o Santíssimo Sacramento está exposto à adoração dos fiéis desde 1556, por instituição do seu arcebispo, D. Luís de Sousa, ininterruptamente, percorrendo, por escala, as diversas igrejas da cidade, por quarenta e oito horas.
O Lausperene, originariamente com a duração de quarenta horas, em memória do período que o corpo de Jesus esperou no túmulo pela vitória sobre a morte, na nossa tradição cingia-se a uma noite, ou, em alguns casos, às vinte e quatro horas do dia.
Mesmo assim, foi o piedoso costume caindo em desuso. Felizmente, hoje, começa a recuperar-se, percebendo-se o brilho e a solenidade a que deve estar associada a Exposição do Santíssimo Sacramento. Assim é que, ao fim de décadas, e com o empenho do seu novo Prior, ao II Domingo da Quaresma, na mais velha Matriz desta Ilha, o Sagrado Lausperene regressou.
Assim se inicia a Quaresma, quarenta dias antes da Páscoa, pois que os Domingos não são nela incluídos.
Pelas ruas, as romarias estão por toda a Ilha, timbrando, em toadas de Ave-Marias, adros e vielas. De cajado na mão, aí vão, percorrendo a Ilha do Arcanjo. Como sempre. Desde o tremendo terramoto de 1522, que nos levou a velha Capital e milhares das suas vidas. Para que tragédia assim não nos assole semelhante. Em cada fim-de-semana uns saem, outros regressam.
Os que ficam também oram. Porque de oração se faz a Quaresma. A mais Solene de todas é o Lausperene. Louvor eterno. É tradição bem antiga, nestas nossas Ilhas, a Exposição Solene do Santíssimo Sacramento no mais alto lugar do templo, no trono da Capela-Mor, o qual ficava tapado, com damasco, no resto do ano, só se abrindo nesta Festa, ornamentando-se a preceito a Igreja, com as aromáticas flores próprias da época e as luzes cintilantes de lamparinas e velas fervorosamente a arder.
Na cidade de Lisboa, o Santíssimo Sacramento está exposto à adoração dos fiéis desde 1556, por instituição do seu arcebispo, D. Luís de Sousa, ininterruptamente, percorrendo, por escala, as diversas igrejas da cidade, por quarenta e oito horas.
O Lausperene, originariamente com a duração de quarenta horas, em memória do período que o corpo de Jesus esperou no túmulo pela vitória sobre a morte, na nossa tradição cingia-se a uma noite, ou, em alguns casos, às vinte e quatro horas do dia.
Mesmo assim, foi o piedoso costume caindo em desuso. Felizmente, hoje, começa a recuperar-se, percebendo-se o brilho e a solenidade a que deve estar associada a Exposição do Santíssimo Sacramento. Assim é que, ao fim de décadas, e com o empenho do seu novo Prior, ao II Domingo da Quaresma, na mais velha Matriz desta Ilha, o Sagrado Lausperene regressou.
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