Dia 18 de Julho, Domingo anterior ao dia 26 de Julho, têm lugar as Festas em Honra da Senhora Sant’Anna. Recuperando tão antiga tradição da Paróquia, com alguns interregnos no século XX, os moradores das Ruas do Frias e de Sant’Ana promovem a festa de Verão da comunidade de São Sebastião.
A Ermida de Sant’Anna foi construída, pelo licenciado António Frias, no final do século XVI. Ao seu lado encontram-se as ruínas do antigo Recolhimento construído pouco tempo depois também por António Frias. Ali estiveram os frades agostinhos até à construção do Convento da Graça. Quando dali saíram, o Licenciado Frias e a sua mulher, padroeiros dos Conventos de Santo André e de São João, fundaram então o Recolhimento para os parentes mais pobres. A 10 de Agosto de 1624, Frias escreveu o respectivo regulamento e deixou parte dos seus rendimentos à Instituição, no seu testamento de 21 de Novembro desse ano.
António Frias vivia ao cimo da Rua que lhe tomou o nome, onde hoje está a estátua de José do Canto, construindo assim a Ermida ao lado da sua casa, sendo que nesse tempo não existia a actual Rua de Sant’Anna, aberta apenas após a extinção do Convento dos Jesuítas, nas respectivas terras.
Passados cem anos a Ermida estava decaída e necessitando de alfaias, conforme consta das visitas que lhe foram feitas. Restaurada então nos inícios de setecentos, e porque a Paróquia de São Sebastião estava com muita população, foram encetados esforços para a criação do Curato de Sant’Anna, o que veio a acontecer por Alvará Régio de 26 de Outubro de 1753, embora já tivesse Cura desde 1730.
As festas de Sant’Anna vêm assim de tempos imemoriais, com “uma linda procissão, com arraial e fogo preso, organizada pelos paroquianos da parte alta da cidade”, até à volta de 1910, conforme descreve o anuário Micaelense e apenas com a celebração da Missa Solene e arraial até 1989.
Festejado em Janeiro São Sebastião, o Santo Padroeiro da Matriz, chegados a Julho, os paroquianos subiam à chamada zona alta, ao início só com a Rua do Frias e a Ladeira de Sant’Ana e, já mais tarde, com a Rua de Sant’Anna, para as Festas em honra da Mãe da Mãe de Deus, venerada com grande devoção na sua Ermida.
Festejar Sant’Anna é celebrar o encontro entre Deus e os homens através daquela que gerou a Virgem Santíssima, escolhida para Mãe do próprio Deus, na ternura própria que recai do seu olhar de avó. As Festas são, por isso, um momento íntimo de encontro com Deus; uma demonstração pública da nossa identidade cristã; um espaço privilegiado para reunirmos as nossas famílias nestas Ruas da Cidade; um momento anual de encontro e partilha da nossa comunidade.
O Tríduo, com Missa Cantada, na Quinta, Sexta e Sábado, é o início e a preparação da Festa. Terminado o Tríduo de Sexta-feira, o andor com a Imagem de Sant’Ana com a Virgem Maria e o andor de S. Joaquim vão para as casas dos paroquianos que, esmeradamente, os ornamentam. No Sábado regressam à velha Capelinha do cimo da cidade, para o último tríduo.
Nas noites de Sexta, Sábado e Domingo têm lugar os serões à volta da Ermida, em jeito de arraial, com o típico bazar, a barraquinha dos petiscos, arrematações e os sempre apreciados acordes da Banda Lealdade.
No Domingo, o Dia da Festa, os sinos rasgam o silêncio da manhã, anunciando a saída solene da Senhora Sant’Anna com a Virgem ao colo e o andor de São Joaquim a acompanhá-las. Desce a Rua que tem o seu nome, por entre os prédios, e sobe a Rua do Frias, em sinal de caminhada para a Missa de Festa, centro da vida cristã.
A participação na Festa é a principal ajuda que cada um é convidado a dar, havendo depois muitas outras formas de colaborar: seja com flores; com prémios para o bazar ou para as tradicionais arrematações; ou, para aqueles que o desejam, com a colaboração para as despesas fazendo a sua oferta nos dias da Festa.
Repicam os sinos: cristãos engalanados, gente dessas ruas em volta, crianças tão contentes, vizinhos em festa, todos acorrem à Ermida, despertando, no silêncio da cidade que corre, o seu terno coração de aldeia…
A Ermida de Sant’Anna foi construída, pelo licenciado António Frias, no final do século XVI. Ao seu lado encontram-se as ruínas do antigo Recolhimento construído pouco tempo depois também por António Frias. Ali estiveram os frades agostinhos até à construção do Convento da Graça. Quando dali saíram, o Licenciado Frias e a sua mulher, padroeiros dos Conventos de Santo André e de São João, fundaram então o Recolhimento para os parentes mais pobres. A 10 de Agosto de 1624, Frias escreveu o respectivo regulamento e deixou parte dos seus rendimentos à Instituição, no seu testamento de 21 de Novembro desse ano.
António Frias vivia ao cimo da Rua que lhe tomou o nome, onde hoje está a estátua de José do Canto, construindo assim a Ermida ao lado da sua casa, sendo que nesse tempo não existia a actual Rua de Sant’Anna, aberta apenas após a extinção do Convento dos Jesuítas, nas respectivas terras.
Passados cem anos a Ermida estava decaída e necessitando de alfaias, conforme consta das visitas que lhe foram feitas. Restaurada então nos inícios de setecentos, e porque a Paróquia de São Sebastião estava com muita população, foram encetados esforços para a criação do Curato de Sant’Anna, o que veio a acontecer por Alvará Régio de 26 de Outubro de 1753, embora já tivesse Cura desde 1730.
As festas de Sant’Anna vêm assim de tempos imemoriais, com “uma linda procissão, com arraial e fogo preso, organizada pelos paroquianos da parte alta da cidade”, até à volta de 1910, conforme descreve o anuário Micaelense e apenas com a celebração da Missa Solene e arraial até 1989.
Festejado em Janeiro São Sebastião, o Santo Padroeiro da Matriz, chegados a Julho, os paroquianos subiam à chamada zona alta, ao início só com a Rua do Frias e a Ladeira de Sant’Ana e, já mais tarde, com a Rua de Sant’Anna, para as Festas em honra da Mãe da Mãe de Deus, venerada com grande devoção na sua Ermida.
Festejar Sant’Anna é celebrar o encontro entre Deus e os homens através daquela que gerou a Virgem Santíssima, escolhida para Mãe do próprio Deus, na ternura própria que recai do seu olhar de avó. As Festas são, por isso, um momento íntimo de encontro com Deus; uma demonstração pública da nossa identidade cristã; um espaço privilegiado para reunirmos as nossas famílias nestas Ruas da Cidade; um momento anual de encontro e partilha da nossa comunidade.
O Tríduo, com Missa Cantada, na Quinta, Sexta e Sábado, é o início e a preparação da Festa. Terminado o Tríduo de Sexta-feira, o andor com a Imagem de Sant’Ana com a Virgem Maria e o andor de S. Joaquim vão para as casas dos paroquianos que, esmeradamente, os ornamentam. No Sábado regressam à velha Capelinha do cimo da cidade, para o último tríduo.
Nas noites de Sexta, Sábado e Domingo têm lugar os serões à volta da Ermida, em jeito de arraial, com o típico bazar, a barraquinha dos petiscos, arrematações e os sempre apreciados acordes da Banda Lealdade.
No Domingo, o Dia da Festa, os sinos rasgam o silêncio da manhã, anunciando a saída solene da Senhora Sant’Anna com a Virgem ao colo e o andor de São Joaquim a acompanhá-las. Desce a Rua que tem o seu nome, por entre os prédios, e sobe a Rua do Frias, em sinal de caminhada para a Missa de Festa, centro da vida cristã.
A participação na Festa é a principal ajuda que cada um é convidado a dar, havendo depois muitas outras formas de colaborar: seja com flores; com prémios para o bazar ou para as tradicionais arrematações; ou, para aqueles que o desejam, com a colaboração para as despesas fazendo a sua oferta nos dias da Festa.
Repicam os sinos: cristãos engalanados, gente dessas ruas em volta, crianças tão contentes, vizinhos em festa, todos acorrem à Ermida, despertando, no silêncio da cidade que corre, o seu terno coração de aldeia…
1 comentário:
Gostei de ler este resumo histórico das Tradições da Festa de Sant´Ana.
Que todo corra bem!
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