Bem diziam os antigos que Janeiro é mês santeiro. Dos mais populares desta quadra pós- natalícia, São Gonçalo abre a época no dia 10, Santo Amaro e Santo Antão intermedeiam a 15 e a 17, e São Sebastião, o soldado romano invocado contra a peste, tal como aconteceu em Ponta Delgada, nos anos 1523 a 1531, em que a população formulou um voto de levantar um templo maior no local da pequena Ermida da então Vila, quando o flagelo acabasse, é festejado a 20 de Janeiro.
Terminada a peste, logo os habitantes de Ponta Delgada tomaram São Sebastião por seu padroeiro, iniciando a construção de uma Igreja maior.
Desde então, o Município encarregou-se de promover as festividades em honra do Patrono da Cidade, com Missa Solene, seguida de Procissão, onde se incorporavam as autoridades, a oficialidade, o senado, uma força militar e a respectiva Banda.
Por deliberação de 18 de Janeiro de 1578, pagava também a Câmara, das suas rendas, uma dança e folia na festa do excelso Padroeiro, que grande era a devoção que lhe tinha este povo e a popularidade desta festa entre as gentes da cidade, que, logo na véspera do dia vinte, saiam à rua em descantes, cantando, ao som de violas e guitarras, as conhecidas sebastianas.
E rezam também as crónicas que na característica procissão da Cidade integravam-se 23 andores, fechando com o do Glorioso Mártir, profusamente ornamentado, em cujo andor, levado por quatro artilheiros, lá ia a mais bela e farta das laranjeiras da época, como hoje, na Capela-Mor.
Percorria toda a cidade, em percurso semelhante ao do Senhor, sendo o venerando soldado efusivamente saudado, com vinte e um tiros de peça, ao passar no castelo de São Brás.
Mas veio a República e vieram as proibições de exteriorização de fé, para não ofender a minoria laica que entretanto foi crescendo como a erva à solta. E lá se foi a Tradição. Parte da tradição. A principal continua viva. No Domingo seguinte ao dia 20 há Missa Solene, às cinco da tarde, na Igreja Matriz de Ponta Delgada, onde toma assento a Senhora Câmara, o Reverendo Clero e a cristandade da secular cidade.
Nas velhas casas, a fruta do dia, que outrora era dada aos amigos ou, por vezes, festivamente atirada, à saída da Igreja, a laranja, ornamenta o santinho e dá o requintado sabor ao bolo típico da festa que, no recato do lar, a tradição vive e tempera a vida e enche a alma, pois que o corpo, em dia de batalha, cá em casa se fica por umas boas tripas à moda do norte...
Terminada a peste, logo os habitantes de Ponta Delgada tomaram São Sebastião por seu padroeiro, iniciando a construção de uma Igreja maior.
Desde então, o Município encarregou-se de promover as festividades em honra do Patrono da Cidade, com Missa Solene, seguida de Procissão, onde se incorporavam as autoridades, a oficialidade, o senado, uma força militar e a respectiva Banda.
Por deliberação de 18 de Janeiro de 1578, pagava também a Câmara, das suas rendas, uma dança e folia na festa do excelso Padroeiro, que grande era a devoção que lhe tinha este povo e a popularidade desta festa entre as gentes da cidade, que, logo na véspera do dia vinte, saiam à rua em descantes, cantando, ao som de violas e guitarras, as conhecidas sebastianas.
E rezam também as crónicas que na característica procissão da Cidade integravam-se 23 andores, fechando com o do Glorioso Mártir, profusamente ornamentado, em cujo andor, levado por quatro artilheiros, lá ia a mais bela e farta das laranjeiras da época, como hoje, na Capela-Mor.
Percorria toda a cidade, em percurso semelhante ao do Senhor, sendo o venerando soldado efusivamente saudado, com vinte e um tiros de peça, ao passar no castelo de São Brás.
Mas veio a República e vieram as proibições de exteriorização de fé, para não ofender a minoria laica que entretanto foi crescendo como a erva à solta. E lá se foi a Tradição. Parte da tradição. A principal continua viva. No Domingo seguinte ao dia 20 há Missa Solene, às cinco da tarde, na Igreja Matriz de Ponta Delgada, onde toma assento a Senhora Câmara, o Reverendo Clero e a cristandade da secular cidade.
Nas velhas casas, a fruta do dia, que outrora era dada aos amigos ou, por vezes, festivamente atirada, à saída da Igreja, a laranja, ornamenta o santinho e dá o requintado sabor ao bolo típico da festa que, no recato do lar, a tradição vive e tempera a vida e enche a alma, pois que o corpo, em dia de batalha, cá em casa se fica por umas boas tripas à moda do norte...
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