Nas Casas do Frias - Casa de São Gonçalo, comemora-se hoje, sexta-feira anterior ao 11 de Novembro, a noite de São Martinho.
Lá estarão os irmãos de São Martinho, rondando o número de nove, pois de nove se faz Novembro e em nove provas se abre o vinho.
Por isso, aos confrades permanentes e ao Provador, o convidado que lidera a nobreza da Prova, é de lembrar que, à velha adega, há que chegar a tempo de, ao toque sereno das nove badaladas, logo em ponto começar. E, como diz o nosso povo, quem se atrasa, para o ano fica em casa...
Um irmão traz, aos costumes da tradição, umas palavras para abrir a rodada que irá servir daquele puro vinho aromado das Grotas Fundas, um petisco para o acompanhar e a cantiga que entoará à despedida da sua ronda, passando a palavra ao de idade seguinte, e assim até que se concluam as nove voltas que à pipa se há-de dar em noite de São Martinho.
Lá estarão os irmãos de São Martinho, rondando o número de nove, pois de nove se faz Novembro e em nove provas se abre o vinho.
Por isso, aos confrades permanentes e ao Provador, o convidado que lidera a nobreza da Prova, é de lembrar que, à velha adega, há que chegar a tempo de, ao toque sereno das nove badaladas, logo em ponto começar. E, como diz o nosso povo, quem se atrasa, para o ano fica em casa...
Um irmão traz, aos costumes da tradição, umas palavras para abrir a rodada que irá servir daquele puro vinho aromado das Grotas Fundas, um petisco para o acompanhar e a cantiga que entoará à despedida da sua ronda, passando a palavra ao de idade seguinte, e assim até que se concluam as nove voltas que à pipa se há-de dar em noite de São Martinho.
Na Capela, fica a imagem do popular soldado romano a partilhar a sua capa com um necessitado mendigo, num apelo actual ao nosso sentido de inter-ajuda.
À maioria dos confrades de São Martinho, uma vez que o confrade que exerce o cargo de Batoqueiro continua a celebração pelo resto do ano, à despedida das comemorações, ficam os nove cravos que ornamentam a imagem, representando, em cada um, cada uma das nove famílias dos confrades, a alegria da partilha e o valor da amizade.
9 comentários:
Pois é...
Eis que a Festa se prepara
Em sossego e meditação
P'ra não esquecer o Santo
De tão nobre tradição
Ao céu se louva em cânticos
Não fosse o Santo Padrinho
Oremos Santa Irmandade
Pelos dons de S. Martinho
Novembro, 2008
Um poeta distingue-se em qualquer ocasião...
Essa do atraso também podia reger-se pelo povo sabido: "não há duas sem três".
Mas na confraria não queremos polémicas, exigem-se boas papilas gustativas, suficiente voz, bons fígados e capelas bem abertas.
Eu levo o farnel costumeiro (pãezinhos com chouriço), a cantiguinha e as palavras para aocasião. Até Lá
"Não há duas sem três", por isso é que não se pode deixar haver duas, pois "da primeira ninguém se livra, na segunda cai quem quer e na terceira quem é tolo".
Confrades de S. Martinho
Em verdade vos digo que a espera me atormenta, e não é o omisso regimento, nem o discurso, nem o petisco. A cantoria, senhores, é a minha tortura... já me vejo vaiado e apupado...resta-me esperar que outro menestrel me suplante na ancestral nobre arte do desafino. JP
Olhe que a mim não é a cantiga que me atormenta. É o petisco. Não o meu. O daquele que por aí disse que seria feito por si próprio. O que há a esperar?
Conclusão: O povo é tolo! Muito se poderá divagar sobre essa indisfarçável aparência.
Há, por outro lado, então novas a revelar: quem cantará em desafino total e quem apresentar o indesgustável. Memorável!
Meus senhores, cumpra-se a tradição.
Ou seja, vossas senhorias cantarão, discursirão por si (com a ajuda do bom vinho das Grotas Fundas), mas comerão ... o que as vossas mulheres (mera plateia da festança) vos cozinharão!
Bons folguedos!
E viva São Martinho!
Eu, a quem devo tanto sentimento,
Em conta, a boa pinga aconselho,
Não façam dela, nunca, um tormento,
Bebam tudo! branco, tinto, ou verdelho
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