No silêncio que oferece a serena noite, só o estalar da madeira timbra o tempo, aquecendo os cantares ao Menino, num sentimento comum que centra naquele aconchegante fogo a imagem da Luz que Ele trouxe ao Mundo. É essa a tradição do madeiro: o calor, também humano, que rasga a gélida escuridão.
Um Menino nasceu! Começou um tempo novo.
O madeiro do Menino é o símbolo do Sol que nasceu para iluminar todo o homem que vem ao mundo.
Um Menino nasceu! Começou um tempo novo.
O madeiro do Menino é o símbolo do Sol que nasceu para iluminar todo o homem que vem ao mundo.
Os povos antigos faziam o ritual sagrado do fogo no solstício de Inverno para que o sol voltasse a brilhar com maior intensidade. O povo cristão acende o madeiro para que o Menino nascido volte a brilhar na nossa civilização.
Na Casa de São Domingos, à velha Rua do Senhor, cumpre-se o antigo uso. Ali, no coração da sempre Vila, em Domingo da Sagrada Família, este ano 27 de Dezembro, às oito horas da noite, as chamas da tradição iluminam o tempo que passa.
Em redor do madeiro cantam-se laudas ao Menino, recita-se um conto de Natal, as crianças esboçam poesia e aconchega-se a amizade.
Ao entrar em casa, percorrem-se, em serenata, os recantos em que está representado o afecto do Menino, ornamentado por toda a Casa de três modos, pois que o três simboliza todos: em altares, lapinhas e présépios. E para que não falte o número da perfeição: sete altares, sete lapinhas e sete presépios.
Ao entrar em casa, percorrem-se, em serenata, os recantos em que está representado o afecto do Menino, ornamentado por toda a Casa de três modos, pois que o três simboliza todos: em altares, lapinhas e présépios. E para que não falte o número da perfeição: sete altares, sete lapinhas e sete presépios.
E ao terminar, a partilha de singelas mesas postas com os doces típicos e os calicezinhos, popularmente calzins, aguardando, anualmente, neste dia, a fraterna presença dos amigos à visita do Natal.
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