Intitulado Educação Bestial, aqui fica um recomendado artigo de E. Madeira:
"Embora tal não seja por amiúde explicável aos “paisanos” – como António Lobo Antunes aos comuns mortais, asnos, chama – o mesmo ser anormal, escritor superior, mais uma vez, e já mais provavelmente a última, anunciou que já não deverá sentir mais a metafísica, ou mesmo física, gana de escrever. Que já terá, basicamente, exprimido o que tinha.
Tal, embora contra ambas as vontades, conduz a emparelhar com a outra besta viva, que é Saramago – nome não de origem; não como, de origem, foi deitado ao mundo por “camponeses sem terra”. No fim, ambos os seus corpos serão baixados ao chão. Ainda que, higiénica ou ecologicamente, optando para a incineração de seus restos, algum pó, que se respira, sempre descerá. Isso porque, enquanto por cá, seus estros (junto com suas carcaças) bem alto ergam.
Como das suas heranças, em volumes, não como leve pena sobre o mundo pesará, alguma coisa convirá ir aditando. Por exemplo: a linhas tantas do seu Intermitências da Morte, com os habituais trajes exteriores de sabedoria, vem a referir que da divindade, antigamente, se dizia que era omnipresente… Como que coisa, para todos, passada, portanto.
Por mais rígida e obtusamente tecido mundo de utopia em que quase se creia – não religiosamente – haverá que convir que, em algumas partes do mundo, ainda persistem algumas crenças de divindade… E que, para algumas destas menosprezadas pessoas, ajunta-se a crença de que em toda a parte presencia o mesmo Divino…
Ficção, literatura, portanto. Liberdade, portanto. Pregação, portanto.
Como é sabido, por toda a parte da obra de Saramago está presente a divindade… Na sua negação, portanto.
Outra questão será a de estas mais modernas, contemporâneas, arejadas obras estarem a instalarem-se nas leituras obrigatórias de Escola, comodamente.
Já não choca O Amor de Perdição. Já não é consentido atingir qual susceptibilidade a reprodução de o A Origem do Mundo, de Courbet, enormemente em capa, para captação de qualquer distraído que por uma montra passe. Já explicita os seus avanços a disciplina de Educação Sexual.
A Educação anti-Moral ou, pelo menos, anti-Religiosa é que ainda se encontra numa fase subtil de doutrinação e arregimentação de minorias. Mais adiante um pouco, em nome destas minorias já se poderá justificar muito mais…"
"Embora tal não seja por amiúde explicável aos “paisanos” – como António Lobo Antunes aos comuns mortais, asnos, chama – o mesmo ser anormal, escritor superior, mais uma vez, e já mais provavelmente a última, anunciou que já não deverá sentir mais a metafísica, ou mesmo física, gana de escrever. Que já terá, basicamente, exprimido o que tinha.
Tal, embora contra ambas as vontades, conduz a emparelhar com a outra besta viva, que é Saramago – nome não de origem; não como, de origem, foi deitado ao mundo por “camponeses sem terra”. No fim, ambos os seus corpos serão baixados ao chão. Ainda que, higiénica ou ecologicamente, optando para a incineração de seus restos, algum pó, que se respira, sempre descerá. Isso porque, enquanto por cá, seus estros (junto com suas carcaças) bem alto ergam.
Como das suas heranças, em volumes, não como leve pena sobre o mundo pesará, alguma coisa convirá ir aditando. Por exemplo: a linhas tantas do seu Intermitências da Morte, com os habituais trajes exteriores de sabedoria, vem a referir que da divindade, antigamente, se dizia que era omnipresente… Como que coisa, para todos, passada, portanto.
Por mais rígida e obtusamente tecido mundo de utopia em que quase se creia – não religiosamente – haverá que convir que, em algumas partes do mundo, ainda persistem algumas crenças de divindade… E que, para algumas destas menosprezadas pessoas, ajunta-se a crença de que em toda a parte presencia o mesmo Divino…
Ficção, literatura, portanto. Liberdade, portanto. Pregação, portanto.
Como é sabido, por toda a parte da obra de Saramago está presente a divindade… Na sua negação, portanto.
Outra questão será a de estas mais modernas, contemporâneas, arejadas obras estarem a instalarem-se nas leituras obrigatórias de Escola, comodamente.
Já não choca O Amor de Perdição. Já não é consentido atingir qual susceptibilidade a reprodução de o A Origem do Mundo, de Courbet, enormemente em capa, para captação de qualquer distraído que por uma montra passe. Já explicita os seus avanços a disciplina de Educação Sexual.
A Educação anti-Moral ou, pelo menos, anti-Religiosa é que ainda se encontra numa fase subtil de doutrinação e arregimentação de minorias. Mais adiante um pouco, em nome destas minorias já se poderá justificar muito mais…"
2 comentários:
Os títulos de obras deveriam ficar em itálico, acho...
O Senhor deveria comprar outro computador. Acho...
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